O Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012 aperfeiçoa as políticas públicas implantadas nos últimos anos para este segmento produtivo. Ele combina apoio ao aumento da produção de alimentos à geração de renda no campo e à promoção da organização econômica de agricultores familiares, assentados da reforma agrária e povos e comunidades tradicionais.
Segundo o Censo Agropecuário 2006, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, em Mato Grosso do Sul o número de estabelecimentos da agricultura familiar é de 41.104, o que corresponde a 63% dos imóveis rurais do Estado. Esses estabelecimentos são responsáveis por 46% do pessoal ocupado no meio e 14% do Valor Bruto da Produção Agropecuária do Estado. A agricultura familiar sul mato-grossense responde por 77% de mandioca, 56% da produção de feijão, 68% do café, 56% da produção de leite.
No Brasil, a agricultura familiar conta com mais de 4,3 milhões de unidades produtivas, o que corresponde a 84% do número de estabelecimentos rurais do Brasil. Este segmento produtivo responde por 10% do Produto Interno Bruto (PIB), 38% do Valor Bruto da Produção Agropecuária e 74,4% da ocupação de pessoal no meio rural (12,3 milhões de pessoas).
Durante o evento de lançamento, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, vai anunciar a destinação de R$ 5,3 milhões para ações de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) em Mato Grosso do Sul. Isso permitirá a ampliação de serviços de acesso a tecnologias de gestão e organização produtiva. O ministro também anunciará a liberação de R$ 2,1 milhões para ações de estruturação e apoio à produção nos quatro Territórios da Cidadania do Estado: Cone Sul, Da Reforma, Grande Dourados e Vale do Ivinhema.
Também serão destinados R$ 8 milhões para o Programa de Aquisição de Alimentos, que dá suporte à comercialização de produtos da agricultura familiar no estado. Esta política de compras públicas foi reforçada no Plano Safra com a criação da Política de Garantia de Preços Mínimos da Agricultura Familiar (PGPM-AF), que permitirá a utilização de instrumentos de comercialização para garantir que o produtor receba o preço mínimo do produto (pré-fixado no início da safra). Os produtos adquiridos por meio desta modalidade serão destinados aos estoques governamentais.