Mecanização é desafio da cafeicultura paranaense

Falta de mão-de-obra obriga produtores a investirem em maquinárioHá dez anos, uma fazenda familiar produzia 2.800 sacas numa safra, com mão de obra de 200 pessoas. Na última safra, apenas 30 profissionais trabalharam na colheita de 500 sacas.

– Já chegou o ponto de, em 2009, nós não termos pessoas suficientes pra colher e o café começou a cair no chão, o mato começou a crescer e a gente perdeu parte da colheita, como aconteceu com o meu vizinho também – relembrou o produtor rural Brigilio Marcos.

O desafio da mão de obra foi tema de uma palestra, nesta quarta, dia 9, na Expolondrina. O encontro foi organizado pela Emater, que percebeu que a mecanização das lavouras é o futuro da cafeicultura paranaense, como explica o agrônomo Cristovon Ripol.

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– Hoje, o desafio é eliminar a mão de obra da cafeicultura. Não falar mais deste assunto, porque nós não temos mão de obra no campo.

O encontro apresentou caminhos para que a aquisição de máquinas seja possível. Uma delas é a união de vários produtores em consórcios, como fez Antônio Carlos Carvalho. Ele não tinha como comprar uma colheitadeira sozinho, então reuniu um grupo de vizinhos para fechar o negócio. Há um ano eles pagaram R$ 395 mil na máquina e dizem que já estão no lucro.

– O custo com a colheita caiu 80% – diz Carvalho.

O Paraná produz em média 22 sacas por hectare, mas pode chegar a 40 sacas. Aumentar a produtividade é o próximo passo, segundo os especialistas da Emater.

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