– Já chegou o ponto de, em 2009, nós não termos pessoas suficientes pra colher e o café começou a cair no chão, o mato começou a crescer e a gente perdeu parte da colheita, como aconteceu com o meu vizinho também – relembrou o produtor rural Brigilio Marcos.
O desafio da mão de obra foi tema de uma palestra, nesta quarta, dia 9, na Expolondrina. O encontro foi organizado pela Emater, que percebeu que a mecanização das lavouras é o futuro da cafeicultura paranaense, como explica o agrônomo Cristovon Ripol.
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– Hoje, o desafio é eliminar a mão de obra da cafeicultura. Não falar mais deste assunto, porque nós não temos mão de obra no campo.
O encontro apresentou caminhos para que a aquisição de máquinas seja possível. Uma delas é a união de vários produtores em consórcios, como fez Antônio Carlos Carvalho. Ele não tinha como comprar uma colheitadeira sozinho, então reuniu um grupo de vizinhos para fechar o negócio. Há um ano eles pagaram R$ 395 mil na máquina e dizem que já estão no lucro.
– O custo com a colheita caiu 80% – diz Carvalho.
O Paraná produz em média 22 sacas por hectare, mas pode chegar a 40 sacas. Aumentar a produtividade é o próximo passo, segundo os especialistas da Emater.