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Mecanização pode ser alternativa para cafeicultor reparar danos com geadas no Paraná

Levantamento preliminar estima perdas de até 51% na produção de café do ano que vem devido às geadas ocorridas no final de julhoA mecanização na produção e colheita do café pode ser uma alternativa para o cafeicultor paranaense reparar os prejuízos com as geadas ocorridas no final de julho. O assunto foi debatido durante a reunião da Câmara Setorial do Café, ocorrida na última terça, dia 6, em Londrina.

Um estudo elaborado em conjunto por cooperativas, Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e Instituto Emater será encaminhado ao secretário da Agricultura até a próxima semana.

– O trabalho prevê um plano de adaptação à tecnologia do café voltado à realidade atual, que certamente passará pela mecanização – disse o gerente da Câmara Setorial do Café, Walter Ferreira de Lima. Ele enfatizou a necessidade de levar solução para os 12 mil cafeicultores do Estado, entre os quais 90% são agricultores familiares.

>>Governo do Paraná orienta produtores de café a protegerem plantações de geada

– Vamos intensificar as negociações com o governo federal. Se o estudo apontar que produtor terá ganho com a mecanização das lavouras, é nisso que iremos investir – disse Ortigara.

O estudo sobre a mecanização leva em conta o preço baixo do café no mercado e a necessidade do agricultor reduzir custos com mão de obra. Segundo o coordenador estadual de Café da Emater, Cilesio Abel Demoner, o agricultor só se animará a adotar novas tecnologias se enxergar que esse período difícil pode ser superado e será compensado à frente.

Perdas

O resultado da cultura para este ano não deve ser alterado e está mantida a previsão de produção de 1,7 milhão de sacas, sendo que metade desse volume já foi colhida.

Levantamento preliminar do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento estima perdas de até 51% na produção de café do ano que vem, em função das geadas que atingiram as plantas em, praticamente, todos os municípios que cultivam café no Estado.

– O prejuízo pode chegar a um milhão de sacas, que deixarão de ser produzidas na próxima safra no Paraná – informou o economista do Deral, Paulo Franzini.

Segundo ele, 80% dos 82.300 hectares ocupados com café no Estado foram atingidos. As regiões mais atingidas localizam-se entre Apucarana, Ivaiporã, Londrina e Maringá. No Norte Pioneiro e Noroeste também geou, mas em menor intensidade. Dirigentes de cooperativas que participaram da reunião relataram prejuízos nos vários municípios, sendo que em alguns deles as perdas podem atingir até 90% da produção do ano que vem.

O gerente da Câmara Setorial do Café afirmou que o agravante da situação é que o produtor ficará sem a renda do café por pelo menos dois anos, uma vez que terá colheita apenas em 2015. Dependendo da gravidade, haverá a necessidade de “recepar” as plantas atingidas, o que significa que mesmo em 2015 ainda não haverá uma safra normal.

>>Assista: Paraná ainda contabiliza perdas com a geada

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