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Medidas podem dar fim ao desflorestamento na Amazônia, diz revista Science

Meta brasileira para Copenhague e mudanças nas indústrias de carne e soja seriam as responsáveisO surgimento de duas oportunidades históricas pode diminuir e até mesmo acabar com o processo de desflorestamento na Floresta Amazônica. A constatação está em artigo publicado por cientistas do Brasil e dos Estados Unidos na nova edição da revista Science.

Daniel Nepstad, do Woods Hole Research Center (Estados Unidos), da Universidade Federal do Pará e do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, e colegas discutem as duas oportunidades que não podem ser perdidas.

A primeira é o compromisso do governo federal brasileiro, anunciado em 2008, de reduzir o desflorestamento na Amazônia em 80% até 2020. Iniciativa que conta com apoio das Nações Unidas e da Noruega, que se comprometeu a doar até US$ 1 bilhão para o Fundo Amazônia.

Gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o fundo tem por finalidade captar doações para investimentos não-reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e do uso sustentável das florestas no bioma amazônico.

A segunda oportunidade, segundo os autores, são as mudanças recentes nas indústrias de carne e soja, principais motores do desflorestamento amazônico, que começaram a cortar de suas cadeias produtivas empresas que lucram com o desmatamento.

“De acordo com nossa análise, esses desenvolvimentos recentes finalmente tornaram viáveis o fim do desflorestamento na Amazônia brasileira, o que poderá resultar em uma redução de 2% a 5% nas emissões globais de carbono”, destacaram os autores.

Nepstad e colegas estimaram os custos de um programa de dez anos para acabar com o desflorestamento e destacaram os benefícios dessa diminuição, como redução nas queimadas, na poluição do ar, em enchentes e na perda da biodiversidade, entre outros. O custo estimado estaria entre US$ 7 bilhões e US$ 18 bilhões, incluindo apoio a comunidades locais e melhoria no gerenciamento na fiscalização de áreas protegidas.

O montante poderia ser compensado, apontam os autores, por mecanismos como a Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação (REDD), em negociação no tratado climático das Nações Unidas, ou o recebimento de créditos de carbono.

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