A variedade niagara é tradicionalmente utilizada para enfeitar a mesa no dia de Natal. A colheita da fruta ocorre entre os meses de novembro e dezembro, e as vendas ficam aquecidas com as festas de fim de ano. No interior paulista, os cinco dias que antecedem a ceia natalina correspondem ao período de maior comercialização.
O viticultor Waldomiro Secco produz uvas há 40 anos e conta que chega a vender diariamente duas mil caixas nesta época. Isso significa mais que o dobro de um dia comum. São 14 horas de trabalho por dia, e o serviço ainda aumentou tanto que o produtor precisou da ajuda do filho. A safra dele foi boa, com a produtividade chegando a três quilos por pé de uva. O problema é que os preços estão 30% abaixo do ano passado. Com receio da crise econômica, o consumidor compra menos e o varejo exige preços mais baixos do produtor para não ter prejuízo.
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Mesmo com preços abaixo do esperado, as vendas da uva niagára rosada na região de Indaiatuba (SP) devem apresentar uma alta de mais de 20% este ano. O município é o segundo maior produtor da fruta no Estado, com cerca de três milhões de caixas por safra. Esse crescimento no volume comercializado, contudo, não vai fazer diferença no bolso do agricultor, que pagou caro para produzir em 2008.
