O crescimento da apicultura nordestina, no entanto, enfrenta entraves como informalidade, falta de entrepostos, dificuldades de gestão e acesso a mercados internos e externos. Para promover uma maior integração regional dos apicultores nordestinos e a discussão de estratégias comuns de mercado, além da unificação de políticas públicas e ações para o desenvolvimento do setor, será realizado o 1º Congresso Nordestino de Apicultura e Meliponicultura e a 1ª Feira da Cadeia Apícola, de 4 a 6 de novembro, no centro de convenções do Othon Palace Hotel, em Salvador.
A produção nordestina de mel triplicou nos últimos oito anos. A região tem a seu favor floradas diferentes, matas nativas e poucas áreas contaminadas por agrotóxico.
? Isso nos garante a produção de mel orgânico, que tem grande espaço no mercado internacional”, diz o presidente da Febamel, Pedro Constam. O impedimento para viabilizar as vendas externas são as certificações exigidas. No Nordeste, apenas os Estados do Ceará e do Piauí, por enquanto, exportam parte de sua produção.
O preço do mel em alta no Exterior ? o quilo atualmente está em torno de US$ 2,8 ? estimula ações de adequação do produto regional às exigências externas. O Sebrae, por intermédio do Programa de Apicultura Integrada e Sustentável (Ápis), vem realizando uma série de capacitações com apicultores dos nove estados nordestinos, preparando-os para o mercado internacional. Segundo o coordenador do Apis Nordeste, Robert Ferreira, o programa atende 1,4 mil pequenos apicultores organizados em associações na região.
Faltam entrepostos de exportação. Há apenas 28 em toda a região e nenhum na Bahia. O Nordeste comercializa para o Sul do País grande parte da sua produção na forma de mel bruto, que acaba sendo exportado por empresas sulistas. O presidente da Febamel, Pedro Constam, reclama a necessidade de entrepostos de exportação na Bahia. A expectativa é que o Estado ainda no segundo semestre ganhe seu primeiro entreposto de exportação.