Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

PATRIMÔNIO

Mel produzido no Sertão do Ceará ganha Indicação Geográfica

Característico da região dos Inhamus, possui coloração mais escura e é produzido no período de estiagem

mel, abelha
Foto: Pixabay

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) publicou, na Revista da Propriedade Industrial, na última terça-feira (11), o reconhecimento de indicação geográfica (IG), na modalidade indicação de procedência (IP), para a região do Sertão dos Inhamuns, no Ceará, como produtora do mel de aroeira.

Esse tipo de mel é produzido no período de estiagem, quando há escassez de flores disponíveis para que as abelhas se alimentem e possam produzir seu mel.

Como a estiagem não afeta a florada da árvore de aroeira, nesse período, suas flores permanecem disponíveis às abelhas, o que permite a produção de um mel monofloral mais puro, com maior consistência quando comparada com outras floradas.

O produto possui coloração âmbar mais escurecida, com elevados níveis de compostos fenólicos, sendo um mel que não cristaliza, conforme informações do Inpi.

Segundo o Censo Agropecuário de 2017, 94% dos estabelecimentos com apicultura no Nordeste estão no Semiárido, mais especificamente no Piauí, Ceará e na Bahia, com destaque para os Inhamuns.

De acordo com dados do IBGE, em 2019, o Ceará atingiu 16,99% da produção de mel do país, sendo grande parte dessa produção originária da região com a nova IG.

História do mel dos Inhamuns

Historicamente, o trabalho com o mel na região data, pelo menos, da década de 1980. No entanto, há relatos que apontam para a produção antes mesmo desse período, na época em que o mel de abelha era o adoçante que os sertanejos dos Inhamuns dispunham.

A partir de 2001, o trabalho com as abelhas africanizadas foi estabelecido como uma atividade econômica fundamental para toda a região. Nessa época, a apicultura trazia o avanço que viria a se desdobrar nos anos seguintes, por meio de investimentos em programas que alavancaram a produção de mel.

Esse desenvolvimento estimulou a expansão da venda do produto não apenas localmente, mas também nas regiões próximas, em vários estados do Brasil e no exterior.

No mercado nacional, as regiões Sul e Sudeste são os principais destinos do mel. Já no exterior, os embarques mais frequentes são para o mercado europeu, com exportações para países como Suécia, Alemanha e França.

Com essa concessão, o Inpi atinge 140 IGs reconhecidas no Brasil, sendo 101 IPs (todas nacionais) e 39 denominações de origem (DOs), com 29 nacionais e 10 estrangeiras.

Sair da versão mobile