Festas e férias são apontadas como razões para que a venda de melancias aumente bastante. Na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) é preciso se preparar.
– Essa época, a gente tem que aumentar ao dobro a quantidade. Tem que trazer oito, dez caminhões por semana. Final de ano sempre a mercadoria sai mais – diz o permissionário Josimar Araújo.
O problema é que este ano a estiagem prejudicou o processo de irrigação da planta.
– Dá branca, não dá muito doce, dá aguada, uma fruta mais aguada. E esse ano piorou um pouco – lamenta Araújo.
Em uma propriedade do interior de São Paulo, nesta safra, as perdas chegaram 20%. O sol forte e a falta de água acabaram prejudicando o desenvolvimento da fruta.
– Daí não chega a granar, certo. Aí elas ficam murchas por causa do calor – conta Ana Carolina de Souza Dias, produtora rural.
Ana plantou seis alqueires de melancia em Sarapuí, a 150 Km de São Paulo e teve perdas.
– Esse ano, teve uma queda grande devido ao clima, teve um calor muito excessivo. Quando o tempo está bom, ajuda. Geralmente, por alqueire, a gente consegue carregar de 90 a 100 toneladas, agora com o calor excessivo ficou mais ou menos na faixa de 60 toneladas por alqueire – calcula Ana Carolina.
E os produtores também reclamam dos preços:
– Essa época, no ano passado, pagava um preço R$ 0,40 a R$ 0,45 aqui na roça, e agora o preço está na faixa de R$ 0,25 a R$ 0,30 – informa o produtor Paulo da Silva Moraes.