No trimestre encerrado em 31 de agosto, a empresa registrou um prejuízo de US$ 112 milhões, ou US$ 0,21 por ação, menor do que os US$ 143 milhões, ou US$ 0,26 por ação, apurados no mesmo exercício do ano anterior. Sem considerar os gastos ligados à reestruturação e às operações descontinuadas, a perda foi de US$ 0,22 por ação, bem superior ao US$ 0,09 por ação em igual período um ano antes.
Em maio, a Monsanto previa um prejuízo de US$ 0,26 a US$ 0,30 por ação. A receita atingiu US$ 2,25 bilhões no quarto trimestre fiscal, superando as expectativas de Wall Street, de US$ 1,89 bilhão. Já a margem bruta caiu de 44,1% para 43,2%.
O grupo disse ainda que considera a América Latina como a sua maior fonte de crescimento no próximo ano, considerando as oportunidades de vendas de milho na Argentina e no Brasil. Para o trimestre atual, a Monsanto espera um lucro de US$ 0,10 a US$ 0,15 por ação, No ano, a companhia espera lucrar entre US$ 3,34 e US$ 3,44 por ação.
Em resposta à investigação da Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos) sobre incentivos concedidos aos clientes pela divisão de herbicidas, a Monsanto revelou que ajustará partes de seus informes financeiros do quarto trimestre fiscal de 2009 ao terceiro trimestre fiscal deste ano.
A empresa norte-americana, maior fabricante de sementes em termos de receita, espera lançar produtos na Argentina e no Brasil, onde o último período marcou o início de uma nova temporada. Entretanto, o crescimento não deve ser suficiente para compensar despesas mais altas e o impacto da diminuição das operações envolvendo herbicidas.
Na divisão de sementes, principal linha de negócios do grupo, as vendas subiram 39% no trimestre terminado em 31 de agosto em meio ao forte crescimento de todas as suas ofertas, exceto a soja, cujo faturamento caiu 6,8%.
O setor de produtividade agrícola, que inclui o herbicida de glifosato da Monsanto e outros produtos, apresentou queda de 8,9% ante o nível de vendas registrado um ano antes. As operações de sementes têm assumido um papel cada vez mais importante depois que a companhia reduziu o foco em herbicidas devido à acirrada concorrência da China.