— Eu sempre disse aos produtores de arroz, quando o preço estava baixo, que fizessem campanha para o arroz ser consumido. Agora, vai ver que está faltando arroz — disse na quarta, dia 5, ao ser homenageado pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).
— Temos que ter uma forma de isso ter um fim. Eu não posso ter o produtor numa ponta, se queixando quando o resultado é um, e o consumidor na outra. O mercado existe para se regular.
O ministro negou que a realização mais espaçada de leilões de estoques de arroz tenha ocorrido por pressão dos produtores. “Não houve isso”, afirmou, acrescentando que as operações de venda do produto dos estoques públicos, para regular a oferta no mercado de modo a segurar a alta dos preços, prosseguem.
— O arroz que o mercado paga é o preço adequado. Nós temos o instrumento para intervir no mercado, se necessário for. E para isso existe a equipe de política econômica — afirmou.
Mendes não informou, no entanto, se o ministério planeja intervir no mercado no curto prazo.
O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, presente à homenagem ao ministro, realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, disse acreditar em queda dos preços do arroz após o Natal, independente de intervenções do governo. Para ele, o produtor deve começar a movimentar seus estoques, aproveitando os bons preços antes da entrada da nova safra.