Segundo ele, outras prioridades são a defesa agropecuária e o contato com as câmaras setoriais. O novo ministro afirmou que pretende ser “um facilitador” das reivindicações dos produtores rurais junto ao governo. Ao ser questionado se indicaria apenas técnicos para comandar a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Mendes Ribeiro respondeu que a política faz parte da administração pública.
? Se eu não tivesse essa convicção não estaria ministro ? afirmou.
Mendes Ribeiro disse que, antes de promover grandes mudanças na equipe, aguardará o relatório da investigação da Controladoria Geral da União (CGU) sobre as denúncias de irregularidades na Conab e no Ministério da Agricultura, o que deve demorar de 30 a 45 dias. Ele afirmou que neste intervalo pode mudar qualquer “peça no Ministério”.
Em relação à revisão dos índices de produtividade dos imóveis rurais para efeito de desapropriação para reforma agrária, Mendes Ribeiro afirmou “que é um assunto que traz conflito, pois não existe consenso”. Ele defende uma negociação.
? Estou aqui para que não haja sobressalto ? disse.
Mendes Ribeiro garantiu que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) terá 100% de seu orçamento respeitado, sem contingenciamentos. Ele afirmou que se reunirá ainda nesta terça com o presidente da empresa, Pedro Arraes.
? As prioridades da Embrapa serão minhas prioridades ? disse.
O ministro disse que pretende criar uma comissão para tratar da questão do endividamento rural, apesar de o assunto estar em segundo plano por causa “do momento extraordinário da agricultura”. Ele disse que os técnicos terão que ter paciência, pois ele tem “necessidade de aprender”.