? Preciso fazer uma articulação política em alguns órgãos. Fiquei dois meses como líder do governo e não nomeei nenhum cargo aqui. Sei que precisarei trazer muita gente para me ajudar, mas não farei nada com pressa.
Com a posse marcada para segunda, dia 22, à tarde, Mendes saiu a campo nessa quinta, dia 18, para pedir auxílio. Conversou com ex-ministros, empresários e lideranças do agronegócio. Sem dominar as nuances do setor, reconhece que primeiro irá ouvir muito.
Fã da articulação política, Mendes pretende se dedicar à agricultura sem deixar de lado a discussão das questões políticas do governo.
Na votação do Código Florestal, Mendes contrariou a opção do Planalto e votou com o PMDB.
? Houve um problema na condução da votação na Câmara. Nós precisávamos de uma segurança jurídica para aprovar e o único instrumento que tínhamos era a emenda do PMDB. A emenda era errada, mas o momento da votação não permitia recuos. Isso pode ser feito no Senado, e tentarei resolver isso lá.
Segundo Mendes, ele irá continuar fazendo a articulação com as bancadas.
? Eu não vou parar. Continuarei ajudando no que for preciso. Sempre vi a base da Dilma como plural, mas não consistente. E estava trabalhando muito por essa consistência. Se a presidente Dilma deixar, eu faço. Mas isso nós vamos conversar nesta sexta.
Em oito meses, já caíram quatro ministros, três deles por suspeita de corrupção. Mendes acredita que o governo vai vencer a crise, tanto a econômica, como a pseudocrise política.
? A crise política é como a reforma política, cada um tem a sua. No momento que junta no salão verde da Câmara a crise de todos, vira uma tragédia. É problema dos cargos nos Estados, dos recursos que não chegaram, a obra parada. Isso tudo faz um caldo que coloca a insatisfação presente no Parlamento.