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Veja o que deve mexer com o mercado da soja nesta semana

Guerra comercial e relatório do USDA vão influenciar o ânimo dos compradores a partir desta segunda-feira

A soja fechou a semana com ganhos que superaram 2,5%, com o mercado buscando um posicionamento frente ao relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na segunda, 12. 

Separamos, para você, os fatos que devem merecer a sua atenção nos próximos dias. As dicas são do analista de Safras & Mercado Luiz Fernando Roque:  

  • Enquanto aguarda por novidades relacionadas à guerra comercial entre Estados Unidos e China, o mercado divide as atenções com o relatório de oferta e demanda de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O clima sobre o cinturão produtor norte-americano e sinais de demanda pela soja dos EUA completam o quadro de fatores;
  • O relatório de agosto do USDA, que será divulgado na segunda-feira,  deve trazer alterações importantes para o quadro de oferta e demanda dos EUA na nova temporada. A tendência é que haja um corte no tamanho da produção norte-americana devido aos problemas durante a semeadura. Apesar disso, o Departamento deve trazer novas elevações para os estoques de passagem das temporadas atual e nova, o que pode trazer um viés negativo para o relatório. Embora a tendência seja de corte na produção, é possível, ainda, que o USDA surpreenda. Atenção aos movimentos pós-relatório em Chicago;
  • Com relação à guerra comercial, não são esperadas grandes novidades nos próximos dias, embora haja a expectativa do agendamento de um novo encontro entre representantes do alto escalão dos governos dos EUA e da China ainda em agosto, antes da que a nova tarifa norte-americana entre em vigor (1º de setembro). Os países parecem cada dia mais distantes de um acordo comercial. Tal fato deve continuar limitando qualquer movimento positivo em Chicago;
  • Após o anúncio da nova tarifa, a China suspendeu novas compras de produtos agrícolas dos EUA, complicando ainda mais a situação dos estoques americanos. Não esperamos por movimentos chineses nos portos americanos. O ritmo de embarques e de registros de exportação deve cair nos EUA nas próximas semanas, o que deve voltar a pesar sobre Chicago.

 

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