PREÇOS E APOSTAS

Mercado da soja já reage ao próximo relatório do USDA; veja cotações

Contratos futuros encerraram a semana com preços em queda diante da possibilidade de super safra brasileira

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Imagem: Guilherme Soares/ Canal Rural Bahia
A sexta-feira foi de poucas ofertas no mercado físico de soja do Brasil. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, apenas lotes pontuais foram negociados.

Assim, os preços ficaram de estáveis a mais baixos no spot. No mercado futuro, os patamares ficaram estáveis, com eventuais altas ligadas aos fretes. A Bolsa de Chicago caiu. A volatilidade do dólar contribuiu para a oscilação no Brasil.

Preços médios da soja no Brasil

  • Passo Fundo (RS): seguiu em R$ 132
  • Região das Missões: baixou de R$ 133,50 para R$ 133
  • Porto de Rio Grande: estabilizou em R$ 132
  • Cascavel (PR): desvalorizou de R$ 124,50 para R$ 124
  • Porto de Paranaguá (PR): decresceu de R$ 132 para R$ 131
  • Rondonópolis (MT): permaneceu em R$ 112
  • Dourados (MS): subiu de R$ 117 para R$ 118
  • Rio Verde (GO): caiu de R$ 114 para R$ 112

Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços em queda, reduzindo a alta semanal.

Os agentes optaram por realizar lucros e se posicionar frente ao relatório de fevereiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na terça-feira (11).

A previsão de retorno das chuvas na Argentina e no sul do Brasil e a estimativa de que a produção brasileira (174,8 milhões de toneladas, 14,8% acima da 2023/24, conforme estimativa da Safras & Mercado) poderá ficar acima das mais otimistas projeções contribuíram para a queda dos contratos.

Relatório do USDA

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá, no seu relatório de fevereiro, indicar poucas alterações no quadro de oferta e demanda americano de soja, conforme projeção de Safras.

Na avaliação do mercado, o órgão poderá elevar a estimativa de safra do Brasil e cortar a previsão para a Argentina.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 382 milhões de bushels em 2024/25. Em janeiro, a previsão do USDA foi de 380 milhões.

Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 128,5 milhões de toneladas. Em janeiro, o número ficou em 128,4 milhões.

O USDA deverá elevar a estimativa para a safra do Brasil de 169 milhões para 170 milhões de toneladas. Já a estimativa para a Argentina deverá ser reduzida de 52 milhões para 50,6 milhões de toneladas.

Contratos futuros da soja

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Foto: Ministério da Agricultura
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 11,00 centavos de dólar ou 1,03% a US$ 10,49 1/2 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 10,65 1/2 por bushel, com perda de 10,25 centavos, ou 0,95%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 5,00 ou 1,63% a US$ 301,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 45,98 centavos de dólar, com alta de 0,58 centavo ou 1,27%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,47%, sendo negociado a R$ 5,7916 para venda e a R$ 5,7896 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,7349 e a máxima de R$ 5,8079. Na semana, a moeda teve desvalorização de 0,75%.