O mercado brasileiro de café apresentou preços fracos para o arábica e firmes para o conilon nesta quinta-feira. A baixa do arábica em Nova York pressionou para baixo os preços, enquanto a subida do robusta em Londres ofereceu suporte para o conilon.
O dia foi calmo na comercialização, apenas com alguns negócios “picados”, como destaca a consultoria Safras & Mercado. Houve maior movimentação para cafés de qualidade mais baixa, com negociações pontuais para cafés finos.
O café arábica bebida boa com 15% de catação ficou em R$ 790/795 a saca, contra R$ 800/805,00 anteriormente. No Cerrado mineiro, arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 795/800 a saca, no comparativo com R$ 805/810 de ontem.
Já o café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 710/715 a saca, estável.
O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, ficou em R$ 645/650 a saca, contra R$ 640/645 de ontem, enquanto o 7/8 ficou em R$ 640/645 a saca do dia anterior.
Café em Nova York
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quinta-feira com preços mais baixos.
As cotações foram pressionadas pelo desempenho firme do dólar contra o real no Brasil e por aspectos técnicos. Na mínima do dia, o contrato dezembro bateu em 146,45 centavos de dólar por libra-peso. O mercado chegou a romper o fundo duplo gráfico que havia se formado em movimentos negativos anteriores de 147,20/147,30 centavos por libra-peso, mostrando estar testando estes patamares inferiores. Nos próximos dias resta ver se o mercado terá força vendedora para aprofundar estes patamares.
Nos fundamentos, o mercado segue atento ao clima no Brasil neste momento de floradas que vão resultar na safra de 2024. Seguem as chuvas irregulares e temperaturas elevadas no cinturão brasileiro.
Os contratos com entrega em dezembro/2023 fecharam o dia a 147,20 centavos de dólar por libra-peso, queda de 2,05 centavos, ou de 1,4%. A posição março/2024 fechou a 148,35 centavos, baixa de 2,00 centavos, ou de 1,3%.