A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta sexta-feira, 1º, para discutir o Projeto de Lei 528/21, do deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que institui o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE), a fim de regular a compra e venda de créditos de carbono no País.
A iniciativa do debate é da presidente do colegiado, deputada Carla Zambelli (PSL-SP).
“A criação de mercados regulados de créditos de carbono vem sendo adotada em diversos países, e o Brasil pode ser uma grande fonte de créditos para aquelas nações com necessidade de reduzir emissões ou de compensá-las por meio dessa nova forma de comércio verde”, afirma a deputada.
Crédito de carbono
Crédito de carbono é um certificado que atesta e reconhece a redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE), responsáveis pelo aquecimento global. Pelo projeto, um crédito de carbono equivalerá a uma tonelada desses gases que deixarem de ser lançados na atmosfera.
Os créditos de carbono estarão atrelados a projetos de redução ou remoção de GEE da atmosfera, como um projeto de reflorestamento, por exemplo. Essa redução será quantificada (em toneladas de gases) e convertida em títulos, conforme regras previstas na proposta.
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Os títulos gerados serão negociados com governos, empresas ou pessoas físicas que têm metas obrigatórias de redução de emissão de gases do efeito estufa, definidas por leis ou tratados internacionais.
A criação do MBRE está prevista na lei que instituiu a Política Nacional de Mudança do Clima, e é uma recomendação do Protocolo de Kyoto, tratado internacional ratificado pelo Brasil que prevê a redução da concentração de GEE no planeta.
Entre os convidados estão o vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Raízen, Cláudio Oliveira; o presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Evandro Gussi; o gerente de Sustentabilidade da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Bernardo Pires; entre outros.
A reunião será às 9 horas. O público poderá acompanhar a discussão ao vivo e enviar perguntas aos participantes por meio do portal e-Democracia.