MOVIMENTAÇÃO NA SEMANA

Mercado de milho mantém preços firmes no Brasil, apesar de negociações travadas

Em estados como São Paulo e Paraná, a oferta dos produtores segue restrita, tornando mais difícil a reposição de estoques pelos consumidores

Desvalorização do milho e soja em Mato Grosso
Foto: Pedro Silvestre/ Canal Rural Mato Grosso

O mercado brasileiro de milho deve encerrar a semana com preços firmes, mesmo com o ritmo lento das negociações. Consumidores demonstram interesse na composição de lotes, mas a falta de acordo sobre preços e as incertezas climáticas e logísticas dificultam avanços nos negócios. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera em alta, enquanto o dólar recua frente ao real.

Em estados como São Paulo e Paraná, a oferta dos produtores segue restrita, tornando mais difícil a reposição de estoques pelos consumidores. A evolução do clima e o andamento da colheita da safra de verão seguem como fatores de atenção, assim como o impacto da colheita de soja na logística e no custo dos fretes, conforme apontado pelo analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Tabela de preços

  • Porto de Santos (CIF): R$ 78,00 – R$ 80,00/saca
  • Porto de Paranaguá: R$ 78,00 – R$ 80,00/saca
  • Paraná (Cascavel): R$ 73,00 – R$ 75,00/saca
  • São Paulo (Mogiana): R$ 78,00 – R$ 80,00/saca
  • São Paulo (Campinas CIF): R$ 82,50 – R$ 85,00/saca
  • Rio Grande do Sul (Erechim): R$ 71,00 – R$ 74,00/saca
  • Minas Gerais (Uberlândia): R$ 72,00 – R$ 73,00/saca
  • Goiás (Rio Verde CIF): R$ 68,00 – R$ 70,00/saca
  • Mato Grosso (Rondonópolis): R$ 66,00 – R$ 68,00/saca

Cenário internacional

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em março operam a US$ 4,97 3/4 por bushel, alta de 4,25 centavos de dólar (+0,86%). O mercado caminha para a segunda semana consecutiva de ganhos, impulsionado por estoques globais reduzidos, forte demanda e preocupações climáticas na Argentina. Apesar das chuvas recentes, as condições adversas ainda sustentam os preços.

Na sessão de ontem (13), o milho com entrega em dezembro fechou cotado a US$ 4,93 1/2 por bushel, alta de 3,25 centavos de dólar (+0,66%). Já o contrato para março de 2025 encerrou a US$ 5,06 por bushel, avanço de 2,00 centavos de dólar (+0,39%).