O mercado brasileiro de milho manteve preços estáveis nesta segunda-feira (14).
De acordo com a Safras Consultoria, tanto os consumidores quanto os produtores participaram de negociações moderadas.
Os consumidores estão confiantes no abastecimento e antecipam quedas de preços com o avanço da colheita da safrinha.
A valorização do dólar frente ao real, a paridade de exportação e o movimento dos futuros do milho (B3 e CBOT) foram fatores influentes durante o dia.
- No Porto de Santos, cotação variando entre R$ 60,50 e R$ 63 (CIF).
- Porto de Paranaguá, preços entre R$ 58,50 e R$ 62.
- Paraná, preços situando-se em R$ 48 a R$ 52 em Cascavel.
- São Paulo, cotação de R$ 49 a R$ 51 na Mogiana.
- Campinas CIF, valor oscilando entre R$ 54 e R$ 55.
- Rio Grande do Sul, preços variados de R$ 61 a R$ 63 em Erechim.
- Minas Gerais, valor entre R$ 46 a R$ 49 em Uberlândia.
- Goiás, faixa de preços de R$ 40 a R$ 44 em Rio Verde (CIF).
- Mato Grosso, preço mantido entre R$ 40,50 a R$ 42 em Rondonópolis.
Milho no mercado internacional
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os preços do milho fecharam o dia com alta.
O mercado operou em baixa durante grande parte da sessão, mas reverteu essa tendência devido a uma melhora no cenário externo, com o petróleo reduzindo sua queda em Nova York e o dólar perdendo força em relação a outras moedas.
O relatório de oferta e demanda de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado na última sexta-feira (11), indicando uma redução na safra norte-americana, também influenciou positivamente os ganhos do dia.
As inspeções de exportação de milho dos Estados Unidos totalizaram 398.269 toneladas na semana encerrada em 10 de agosto, de acordo com relatório semanal do USDA.
Essa quantidade ficou abaixo das expectativas do mercado, que aguardava 410 mil toneladas.
Na semana anterior, as inspeções foram de 387.973 toneladas.
No mesmo período do ano anterior, foram inspecionadas 539.336 toneladas.
Desde o início do atual ano-safra, em 1º de setembro, as inspeções somam 35.610.321 toneladas, em comparação com 53.080.796 toneladas do ano-safra anterior.
A previsão para a colheita dos Estados Unidos na temporada 2023/24 é de 15,111 bilhões de bushels, abaixo dos 15,320 bilhões indicados em julho.
A produtividade média estimada para a mesma temporada é de 175,1 bushels por acre, um número menor do que os 177,5 bushels por acre indicados no mês anterior, porém maior do que os 175,4 bushels por acre esperados pelo mercado.
Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 são estimados em 2,202 bilhões de bushels, um número inferior aos 2,262 bilhões previstos em julho e aos 2,179 bilhões esperados pelo mercado.
Os estoques finais de passagem da safra 2022/23 foram projetados em 1,457 bilhão de bushels, superando os 1,402 bilhão indicados em julho e os 1,400 bilhão previstos pelo mercado.
A safra global de milho para 2023/24 está projetada em 1.213,50 milhão de toneladas, abaixo das 1.224,47 milhão de toneladas indicadas em julho.
O USDA também estima estoques finais da safra mundial de 2023/24 em 311,05 milhões de toneladas, abaixo das 314,12 milhões de toneladas indicadas no mês anterior e das 314,2 milhões de toneladas previstas pelo mercado.
Para a safra mundial de 2022/23, os estoques finais estão estimados em 297,92 milhões de toneladas, superando os 296,9 milhões previstos pelo mercado e os 296,30 milhões indicados no mês passado.