Agricultura

Mercado de milho tem lentidão e preços pouco alterados nesta terça

Consumidores sustentam a estratégia de realizar compras esporádicas, à espera da entrada da safrinha, aponta analista da Safras & Mercado

O mercado brasileiro de milho apresentou lentidão no decorrer desta terça-feira (7). A alta do dólar, somada à valorização da Bolsa de Chicago (CBOT), fez com que os preços saltassem nos portos. “Mesmo assim, não houve grande fluidez das negociações. Os consumidores sustentam a estratégia de realizar compras esporádicas para atuar de maneira mais arrojada após a entrada da safrinha”, aponta o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 94 (compra) a R$ 97 (venda) a saca (CIF) para junho. O Porto de Paranaguá registrou os mesmos valores.

A cotação da saca de milho em Cascavel (PR) ficou em R$ 84/R$ 89. Na Mogiana, em São Paulo, preço de R$ 85/R$ 88. Em Campinas (SP) CIF, preço de R$ 87/R$ 90 a saca.

No Rio Grande do Sul, O preço em Erechim (RS) ficou em R$ 91/R$ 93. A saca em Uberlândia (MG) foi cotada em R$ 79;R$ 81. Em Rio Verde (GO) Goiás, preço CIF de R$ 75/R$ 80. Rondonópolis (MT) registrou saca a R$ 72/R$ 78.

Milho em Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fechou a sessão desta terça com preços acentuadamente mais altos para o milho. O mercado refletiu as incertezas em torno de um acordo para a criação de um corredor de exportação no Mar Negro.

Os investidores também avaliaram dados de plantio e de desenvolvimento das lavouras norte-americanas de milho.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução do plantio das lavouras de milho. Até 5 de junho, a área plantada estava estimada em 94%. O mercado esperava 93%. Em igual período do ano passado, o número era de 98%. Na semana passada, os trabalhos cobriam 86% da área. A média para os últimos cinco anos é de 92%.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de milho. Segundo o USDA, até 5 de junho, 73% estavam entre boas e excelentes condições – o mercado esperava 68% -, 23% em situação regular e 4% em condições entre ruins e muito ruins.

Na sessão, os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 7,57 por bushel, ganho de 14,50 centavos de dólar, ou 1,95%, em relação ao fechamento anterior. A posição setembro de 2022 fechou a sessão a US$ 7,25 3/4 por bushel, alta de 11,50 centavos, ou 1,61% em relação ao fechamento anterior.