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FECHAMENTO DO MERCADO

Mercado de trigo começa outubro sinalizando estancamento de preços

Clima e doenças afetam safra do cereal no Paraná, enquanto Bolsa de Chicago busca recuperação das cotações

trigo
Foto: Joseani Antunes/Embrapa Trigo

O mercado brasileiro de trigo iniciou o mês de outubro com reportes pontuais de negócios e preços sinalizando para um estancamento da trajetória baixista.

No Paraná, os compradores demonstram interesse a partir de R$ 1.000 por tonelada posto moinhos. Os vendedores seguem reticentes em aceitar esses patamares. No Rio Grande do Sul, as indicações no FOB ficam próximas a R$ 1.000/tonelada.

Segundo o analista de Safras & Mercado Elcio Bento, depois de cair mais de 20% em setembro, os preços encontram suporte nos níveis de paridade de exportação.

“Além disso, as notícias vindas do campo mostram que a safra paranaense não atingirá o potencial produtivo inicial. Isso se deve à grande incidência de brusone: doença que ataca as espigas e reduz a produtividade. Produtores reportam que as regiões norte e oeste do estado, que nunca sofreram com essa doença, neste ano tiveram grande incidência. Nos campos gerais, onde se planta mais tarde, um clima de menor luminosidade e temperaturas mais amenas também pode gerar a proliferação dos fungos. Uma produção abaixo da esperada, subtraindo-se o consumo com semente e ração, não será suficiente para atender a moagem estadual”, disse.

Dessa forma, a percepção de que o Paraná poderia enviar lotes remanescentes para o Rio Grande do Sul num cenário de quebra da safra gaúcha perde força.

“Nesse último estado, o tempo firme dos últimos dias permitiu que a colheita avançasse no oeste. Os mapas climáticos, contudo, seguem apontando para chuvas acima da média durante o mês de outubro”, alertou.

Chicago

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais altos. O mercado recuperou parte das perdas registradas na semana passada, em especial na sexta-feira. Na última sessão os contratos atingiram os menores níveis em três anos.

Conforme analistas consultados por agências internacionais, a valorização foi sustentada por este movimento de compras de barganha, técnicas. O cenário fundamental, no entanto, é baixista, com a abundante oferta do Mar Negro.

As inspeções de exportação norte-americana de trigo chegaram a 397.594 toneladas na semana encerrada no dia 28 de setembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana anterior, as inspeções de exportação de trigo haviam atingido 485.712 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora de 667.626 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1° de junho, as inspeções somam 6.061.282 toneladas, contra 8.516.346 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.

Além disso, hoje, às 17h (horário de Brasília), o USDA divulga o relatório que avalia a evolução e as condições das lavouras do país.

No fechamento, os contratos com entrega em dezembro eram cotados a US$ 5,64 3/4 por bushel, alta de 23,25 centavos de dólar, ou 4,29%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em março de 2024 eram negociados a US$ 5,96 por bushel, recuo de 22,50 centavos, ou 3,92% em relação ao fechamento anterior.


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