Dados do USDA continuam a ser digeridos pelo mercado internacional, dólar deve dar suporte aos preços da soja no Brasil
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana, com destaque para os efeitos do clima sobre as lavouras dos Estados Unidos, em fase final de desenvolvimento. As dicas são do analista de soja da consultoria Safras & Mercado Luiz Fernando Roque.
O mercado de soja em Chicago permanece atento ao clima e às condições das lavouras da nova safra norte-americana, principal variável fundamental do momento. O mercado também digere os novos números divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu relatório de setembro, divulgado na sexta, dia 11. A nova safra entra na reta final de desenvolvimento. A colheita começa em outubro, e tudo indica uma safra cheia.
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O USDA surpreendeu o mercado ao indicar elevação de suas projeções de produtividade e produção da nova safra norte-americana, enquanto a maior parte do mercado esperava por um corte nas projeções. Em Chicago, o contrato spot (setembro/15) deve trabalhar com resistências em US$ 9,00 e US$ 9,20 por bushel. Para baixo, suportes em US$ 8,80 e US$ 8,50.
No lado econômico, as atenções permanecem sobre a China e sobre os EUA. A reunião do Federal Reserve (Fed), na quinta, dia 17, chama a atenção do mercado.
Em âmbito interno, o corte no grau de investimento do Brasil pela S&P piora ainda mais o cenário da crise política e econômica brasileira. O dólar deve continuar sua trajetória de valorização frente ao real, tanto pela crise interna quanto pelas incertezas externas. Atenção às oportunidades que o câmbio deve trazer.
Com informações da Agência Safras.