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– Foi um dia praticamente parado, sem negócios nem oferta de soja ou milho – disse Samuel Trevizoli, corretor da WA, de Maringá.
Na quinta, dia 27, a oleaginosa tinha vendedor a R$ 68 a saca para retirada no interior (FOB), mas as granjas sinalizavam R$ 67,50 a saca. No Porto de Paranaguá, ele citou a referência de R$ 73,50 a saca a R$ 74,50 a saca para embarque imediato e pagamento em 72 horas, mas tampouco foram registrados acordos.
No caso do milho, o corretor contou ter vendido cerca de mil toneladas a R$ 26 a saca e R$ 27 a saca entre segunda e quinta. Ele não tinha indicações para exportação ou mercado interno nesta sexta-feira.
– Em geral, o vendedor ainda prefere o mercado interno, mas o pessoal ficou bem quieto hoje – disse.
Em Mato Grosso do Sul, o excesso de chuvas dificulta os trabalhos no campo e mantém os produtores afastados da comercialização.
– Ainda falta 40% da safra de soja para colher e voltou a chover de novo, então não está tendo oferta – explicou Leon Davalo, da Granos, de Campo Grande.
Segundo ele, era possível fechar contrato entre R$ 63 a saca e R$ 64 a saca em Dourados, mas o vendedor queria acima de R$ 65 a saca.
Já o milho tinha comprador a R$ 25 a saca neste mesmo município. Também havia chance de negócio a R$ 23,50 a saca em Sidrolândia, R$ 24 a saca em Maracaju e R$ 22 a saca em São Gabriel do Oeste. Davalo observou que o mercado paulista é o mais vem demandando cereal de Mato Grosso do Sul nos últimos dias. Ele estima que cerca de 10 mil toneladas tenham sido comercializadas só para São Paulo nesta semana.
Para a safrinha de 2014, a indicação de compra era R$ 20 a saca para São Gabriel do Oeste e R$ 21 a saca para Dourados e Maracaju, sem interesse de venda.
– Enquanto não terminar o plantio da safrinha, é difícil ele vender alguma coisa – afirmou o corretor da Granos.
Davalo acredita que ainda haja pelo menos um milhão de toneladas de milho disponível para negociação até a chegada da safra de inverno a partir de julho.