? Há uma preocupação muito grande de que nós temos um cliente que comprou um veículo flex esperando usar álcool, porque lhe daria vantagens monetárias. Então, é claro que a indústria produtora de álcool tem que ter essa consciência de que o mercado dela é o interno e precisa ser abastecido ? afirmou o ministro da Agricultura.
Para reverter a situação de pouca oferta, que eleva o preço do etanol, Stephanes informou que 60 usinas estão moendo cana, mesmo em período de entressafra, e que 160 anteciparão para março a moagem, que normalmente se inicia em abril
Ele voltou a descartar que a escassez de etanol tenha alguma relação com os preços recordes registrados no mercado internacional de açúcar, o que estaria levando a uma migração das usinas em relação a seu produto final.
? O aumento na produção de açúcar foi de apenas 4% em relação ao ano anterior, então, o grande impacto não foi o aumento, nem o preço do açúcar, até porque grande parte das usinas, principalmente as mais novas, não tem essa possibilidade de conversão ? revelou.
De acordo com o ministro, o cenário é muito bom este ano para o setor sucroalcooleiro, incentivado pela pressão do mercado externo, causada pela ausência da Índia, principal concorrente do Brasil no mercado internacional, que teve forte queda na produção. Para a colheita, a perspectiva é de safra recorde.
? Esse excesso de chuvas, que prejudicou a colheita e até a qualidade da cana, por outro lado, beneficiou a produção deste ano, ou seja, as indicações são de que teremos uma safra muito boa ? previu o ministro.