Na avaliação da Abegás, no entanto, o mercado já dá sinais de recuperação. Embora negativo nas duas bases de comparação, esta retração é decorrente do baixo consumo do produto na geração de energia elétrica, consequência da situação hidrológica favorável – o que torna desnecessário o uso intensivo do gás nas termoelétricas do país.
A associação esclarece que, com o alto nível dos reservatórios, a maior redução ? de um ano ao outro ? ocorreu no segmento termoelétrico (85,92%) e contribuiu para esta queda acentuada. Desconsiderando-se o consumo termoelétrico, houve um aumento de cinco milhões de metros cúbicos no consumo de gás.
Segundo a Abegás, esse aumento é explicado pela reação do segmento industrial, responsável por mais da metade do gás consumido no Brasil. A produção industrial que havia sido afetada pela crise econômica e a falta de competitividade do gás natural em relação aos outros energéticos haviam contribuído para uma constante diminuição na demanda das indústrias por este insumo.
Porém, a entidade avalia que, em dezembro de 2009, o consumo industrial ficou 22,86% acima da média registrada no mesmo período do ano anterior. Além do industrial, o consumo dos setores comercial e de co-geração também cresceu: 5,22% e 60,25%, respectivamente.
A Abegás lembra que o Brasil conta atualmente com 18.153,2 quilômetros de rede de distribuição e mais de 1 milhão e 740 mil clientes usam gás natural, seja no segmento industrial, comercial, residencial ou automotivo.