O analista Marcos Araújo comentou a queda de R$ 4 reais nas negociações da saca de soja nos portos do Brasil. Segundo ele, a redução em Chicago refletiu nos preços no Brasil. As cotações de Chicago caíram devido à redução dos prêmios do mercado interno americano, que já vive a entrada da próxima safra em três semanas.
– Os americanos estão abastecidos – pontou o analista.
Araújo disse ao Mercado & Cia, que o estágio da safra dos Estados Unidos segue o histórico da normalidade do plantio. Já a produtividade, calculada em 51 sacas por hectare no último relatório do USDA, está sendo apontada pelos produtores entre 51,6 e 52,7 sacas por hectare.
Brasil
Para o Brasil as observações do analista não são boas. Araújo destaca que o mercado está em período de transição, mas que a tendência é baixista.
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– Hoje, a safra velha em Paranaguá está sendo negociada a R$ 63 a saca. A safra nova deve entrar a R$ 57, R$ 7 reais de queda.
Para o analista, o mercado da China está bem abastecido, com grandes estoques sendo recompostos e a “demanda não é empolgante”. Araújo afirma que não há ansiedade, e o ritmo de compra é menor, deixando o mercado travado.
– Acho que o mercado já passou. É preciso aproveitar anos de alta e encarar como oportunidades de venda. Tendo normalidade de plantio e condições climáticas, teremos inversão de preços ano que vem, como já estamos vendo – finaliza.
Milho
A concorrência de outros países, que oferecem o grão a preços menores prejudica rentabilidade do produtor no Brasil, para Araújo.
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Para 2015, no entanto, o analista aposta numa possível mudança de cenário.
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