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Mercado mundial de açúcar mantém tendência de baixa nos preços

Expectativa de oferta maior que a demanda tem pressionado as cotaçõesO mercado mundial de açúcar mantém a tendência de baixa nos preços. A expectativa de oferta maior que a demanda tem pressionado as cotações. De acordo com representantes do setor e analistas de mercado, o Brasil deve ter um papel importante e pode mostrar com mais força a vantagem competitiva que tem em relação a outros países.

As projeções de analistas de mercado apontam para um excesso de oferta mundial de açúcar que pode variar entre quatro e dez milhões de toneladas. A produção em todo o mundo deve encerrar a safra 2011/2012, em setembro, entre 172 e 176 milhões de toneladas.

No mercado internacional, o contrato para março na bolsa de Nova York tem variado entre US$ 0,23 e US$ 0,24 por libra-peso. Em agosto do ano passado, o mesmo vencimento passava de US$ 0,30.

O diretor da Job Economia, Júlio Maria Borges, explica que a tendência ainda é de queda. Segundo ele, assim que os estoques se recuperarem é possível que essa resistência diminua e o preço caia.

Para o diretor técnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), Antônio de Pádua Rodrigues, mesmo mais baixo, o preço internacional ainda é remunerador para as usinas brasileiras. Segundo ele, as projeções de produção de açúcar e etanol dependem da confirmação da oferta de cana para este ano, que, segundo analistas pode passar de 540 milhões de toneladas na safra 2012/2013.

Na safra anterior o mix de produção ficou em 52% para etanol e 48% para o açúcar. E essa diferença pode até aumentar. Se o preço do açúcar continuar caindo, as usinas devem apostar mais ainda na produção de etanol.

– Havendo um crescimento da oferta de cana, o Brasil não necessariamente irá produzir mais açúcar. Nós temos uma ociosidade muito grande na fábrica de etanol, seja na produção do anidro, seja na produção do hidratado, tem uma carência de produto no mercado interno, os preços do etanol estão remuneradores – aponta.

Atualmente, 85% das usinas brasileiras são capazes de produzir tanto açúcar quanto o etanol. O analista da Job Economia pensa de forma semelhante ao diretor da Unica. O Brasil pode variar o mix de produção entre os dois por isso tem uma importante vantagem competitiva em relação a outros países.

– É um ano interessante. É grande a possibilidade de o Brasil mostrar que pode tanto produzir mais quanto menos açúcar sem prejuízo ao setor – relata Borges.

– A grande vantagem que o Brasil tem é o de não ter mais excedente de cana. O Brasil dificilmente vai voltar a ter um excedente de cana sem saber o que fazer com o caldo de cana – afirma o diretor técnico da Única.

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