A economia brasileira deve continuar com inflação resistente, próximo ao teto da meta estabelecida pelo governo. Já a inflação na China está mais baixa e o país, que é o principal cliente nacional, pode adotar medidas de estímulo, que refletirão em demanda mais firme.
A pesquisa Focus, que é um levantamento feito pelo Banco Central com mais de 100 instituições financeiras, apontou nesta segunda, dia 10, para expectativas de crescimento próximo de zero em 2014 e abaixo de 1% em 2015. O cenário previsto para a economia brasileira é de dólar mais valorizado frente ao real e taxas de juros mais altas.
O dólar começou esta semana em recuo, depois de acumular alta de 6,34% nas últimas sessões. A cotação está oscilando próximo de R$ 2,54. A tendência apontada por consultorias privadas e pelo mercado, na consulta feita pelo BC, é de mais alta para o dólar frente ao real. Segundo dados do boletim Focus, ao fim de 2014 o dólar deve encerrar cotado a R$ 2,50 e ao fim de 2015 cotado a R$ 2,60.
Notícias vindas da Ásia, precisamente da China, nosso principal cliente comprador de commodities, geram expectativas por demanda firme. Foram divulgados no fim de semana dados de inflação mais baixa na China, o que pode levar o governo chinês a adotar medidas de estímulo por lá. Analistas de grãos concluem que a demanda pode ficar ainda mais fortalecida do que já está. De janeiro a outubro, a importação de soja pela China avançou 13,8% na comparação com o mesmo período em 2013, totalizando 56,8 milhões de toneladas, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas do país asiático.