O presidente eleito da Argentina, Maurício Macri, que assumirá a presidência no próximo mês, afirmou que os tributos sobre a exportação de soja terão redução de 5%, até chegar a zero em sete anos. Além de eliminar totalmente as taxas cobradas na exportação de trigo, milho e carne. A medida valerá a partir do próximo dia 10.
Segundo o analista da Agrinvest Marcos Araújo, o mercado questiona se o novo presidente realmente terá condições de abrir mão de uma receita tão importante para o país, visto a difícil situação financeira.
“A promessa de redução vem influenciando os países vizinhos, mas infelizmente a situação financeira da Argentina não é boa, o que põe em dúvida se o novo presidente do país vai ter condições de abrir mão da receita dessa commodities”, diz Araújo.
Trigo no Brasil
A demanda de moinhos por trigo em grão nacional está enfraquecida. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), alguns compradores se mostram abastecidos com o cereal adquirido no início da safra e outros também indicam que têm programações para receber o grão importado no início de 2016.
Além disso, com a chegada do final do ano, parte das empresas deve entrar em férias coletivas, reduzindo o interesse comprador para pronta entrega. Do lado vendedor, parte dos triticultores tenta negociar o cereal, no intuito de “fazer caixa” para o final do ano e liberar um pouco de espaço nos armazéns para a entrada da safra de verão brasileira – soja e milho. No geral, a liquidez está baixa e os negócios têm sido apenas pontuais.