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Mercado de sementes de hortaliças é debatido no Rio Grande do Sul

Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul oferece um curso técnico sobre o assuntoUm panorama sobre o cultivo, a produção e o consumo de sementes e hortaliças está sendo debatido em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) oferece um curso técnico sobre o tema, com a participação de professores, pesquisadores da Embrapa e técnicos do setor.

A Organização Mundial de Saúde recomenda um consumo mínimo de 400 gramas de frutas e saladas, por dia. A quantidade corresponde a cinco porções. Mas no prato de muitos brasileiros elas são minoria, cerca de 132 gramas diárias. Os índices de consumo desses alimentos ricos em fibras, ainda são considerados baixos no Brasil.

Apesar disso, a demanda por hortaliças está aumentando no país. Fatores como o aumento da população e a ascensão das classes C e D, favorecem este aumento e acabam puxando a produção.

? Temos uma população das classes C e D que tão chegando à classe B e temos uma maior conscientização. A população está tendo mais acesso a esses alimentos até pela forma de vida que está tendo hoje, de comer fora de casa, em restaurantes a quilo. Enfim, ela acaba tendo uma variedade maior de hortaliças do que aquela salada de alface e tomate que ela geralmente comia em casa ? explica o pesquisador da Embrapa hortaliças, Warley Nascimento.

Segundo o pesquisador, com o crescimento do consumo, é preciso mais sementes. Hoje, há 70 tipos de espécies no Brasil, e novas cultivares estão sendo desenvolvidas. Outro aspecto importante é a tecnologia, que pode impulsionar a produção.

? Temos no mercado cultivares com 15, 16 eventos de resistência. Temos por exemplo, um super tomate, resistente a vírus, bactéria fungos, alto teor de licopeno, alta produtividade, uniformidade. E tem uma série de tecnologias como cultivo protegido, dentro de estufa, plasticultura, fe-irrigação, tudo isso é monitorado por computadores. Já vimos em algumas regiões, grandes produtores utilizando colheita mecânica. Às vezes ela não chega ao produtor por uma carência, por deficiência na assistência em algumas regiões do país, onde a assistência é mais deficitária. Mas o produtor tendo uma tecnologia disponível, tendo recursos, crédito, ele consegue atender essa demanda crescente da população ? complementa Nascimento. 

Um estudo realizado, este ano, pela Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM), revelou que as hortaliças ocupam 800 mil hectares, em 10% dos Estados brasileiros. São 17 milhões de toneladas ao ano. Como resultado, um PIB de R$ 10 bilhões e a geração de 2,4 milhões de empregos.

? Comparativamente a outras espécies do agronegócio brasileiro como soja, milho, trigo, arroz as hortaliças ocupam uma área muito reduzida, porém com uma expressão no volume de produção de hortaliças, em geração de emprego, muito significativa. Nós dizemos que o povo brasileiro teria que no mínimo dobrar o consumo diário de hortaliças. Imagina o quanto nós estaríamos gerando de emprego e também o fundamental, nós estaríamos desenvolvendo a saúde do povo brasileiro ? aponta o presidente da ABCSEM, Luis Eduardo Rodrigues.

O curso segue até essa sexta, dia 18, no prédio central da Faculdade de Agronomia da UFRGS, em Porto Alegre.

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