O mercado brasileiro de soja teve um dia de volatilidade, acompanhando a Bolsa de Chicago. Analistas de Safras & Mercado observaram dois momentos do mercado: na manhã, queda; na tarde, uma reversão tímida. O dólar subiu, mas não expressivamente.
Assim, os negócios foram fracos no dia. Foram poucos lotes comercializados. Os produtores esperam por preços mais altos.
Veja as cotações da saca de 60kg
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 149 para R$ 147
- Região das Missões: subiu de R$ 146 para R$ 147
- Porto de Rio Grande: seguiu em R$ 156
- Cascavel (PR): estabilizou em R$ 136
- Porto de Paranaguá (PR): permaneceu em R$ 146
- Rondonópolis (MT): ficou em R$ 125
- Dourados (MS): se manteve em R$ 127
- Rio Verde (GO): subiu de R$ 123,50 para R$ 126
Soja na CBOT
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais altos, recuperando-se das perdas iniciais.
A melhora parcial no cenário financeiro internacional ajudou o mercado a se recuperar tecnicamente das recentes perdas.
Os agentes também se posicionam frente ao relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos (USDA).
O mercado iniciou o dia pressionado pela melhora nas condições das lavouras americanas e pelo cenário de aversão ao risco no exterior. Há preocupação sobre o desempenho da economia chinesa, país que é o principal comprador de soja do mundo.
Com a melhora do petróleo, principalmente, a soja também encontrou pretexto para uma recuperação.
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Relatório USDA
O USDA deverá reduzir as suas estimativas para a safra e estoques de soja americanos no relatório de agosto. Os números serão divulgados na sexta (11), às 13h.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 250 milhões de bushels em 2022/23. Em julho, a previsão ficou em 255 milhões de bushels. Para 2023/24, o USDA projeta estoques de 261 milhões de bushels. Em julho, o número era de 300 milhões.
A safra norte-americana deverá ser indicada em 4,238 bilhões de bushels para 2023/24 (115,381 milhões de toneladas), contra 4,300 bilhões apontados em julho. No ano passado, a safra ficou em 4,276 bilhões.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 102,8 milhões de toneladas, contra 102,9 milhões em julho. Para 2023/24, a estimativa do mercado é de 120 milhões, abaixo dos 121 milhões de julho.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 5,25 centavos ou 0,38% a US$ 13,53 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 13,06 por bushel, ganho de 4,00 centavos de dólar, ou 0,30%, na comparação com o dia anterior.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com ganho de US$ 2,40 ou 0,61% a US$ 394,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 59,85 centavos de dólar, com estabilidade.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,05%, sendo negociado a R$ 4,8971 para venda e a R$ 4,8951 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8900 e a máxima de R$ 4,9411.
