As atenções do mercado da soja voltam a ficar divididas entre sinais de demanda pela oleaginosa americana, clima para colheita nos Estados Unidos e guerra comercial entre EUA e China, segundo a consultoria Safras. “O clima para o plantio no Brasil fecha o quadro de fatores, mas ainda é fator secundário para [a Bolsa de] Chicago”, informa.
O analista Luiz Fernando Roque detalha o cenário atual e indica tendências para a próxima semana. Confira
- A semana teve poucas novidades relacionadas à guerra comercial, o que abriu espaço para alguns ajustes negativos em Chicago;
- O mercado permanece à espera de indicações mais fortes de que o suposto acordo parcial entre EUA e China será assinado em novembro, no encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping;
- Além disso, os players também aguardam pela confirmação de que a China isentou algumas empresas importadoras para a compra de até 10 milhões de toneladas de soja norte-americana. Os boatos surgiram na semana, mas não foram confirmados;
- As exportações semanais dos EUA vieram bem abaixo do que o mercado esperava. As compras chinesas não chegaram a 500 mil toneladas, o que voltou a preocupar;
- O mercado espera que vendas mais volumosas sejam anunciadas na próxima semana, mostrando que a China está disposta a continuar comprando soja dos EUA em volumes relevantes como sinal de boa vontade para a assinatura do acordo;
- O clima melhor no cinturão produtor norte-americano permitiu um maior avanço da colheita e a manutenção das condições das lavouras na última semana;
- Tal fato também abriu espaço para correções negativas em Chicago, indicando que talvez as perdas na safra norte-americana possam não aumentar.