A inflação medida pelo IGP-DI subiu 1,02% em abril, após avançar 0,56% em março, divulgou mais cedo nesta terça-feira a FGV. Com o resultado, o indicador acumula altas de 1,95% no ano e de 3,86% em 12 meses. O IPA-DI, que é o indicador dos preços no atacado do índice cheio, subiu 1,25% no mês passado, ante alta de 0,55% em março.
A soja em grão passou de uma alta de 10,90% em março para 11,27% em abril. Já o farelo de soja saiu de um aumento de 5,58% para 11,58% no período. O chamado complexo soja, que reúne quatro produtos (grão, farelo e óleos bruto e refinado), pesa cerca de 7% no IPA-DI. Em março, o grupo foi responsável por uma contribuição de 0,56 ponto porcentual no IPA do mês.
— Naquele momento, se você calculasse o IPA menos o complexo soja, a variação de todos os outros produtos, que são cerca de 93% do IPA, daria -0,01%. Então, no mês passado, a soja foi responsável pela totalidade da elevação do IPA — explicou Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Ibre/FGV.
Em abril, a contribuição do complexo soja foi ainda maior do que em março, de 0,76 ponto porcentual no IPA. Mas, embora o impacto da soja tenha aumentado, dessa vez os demais produtos que compõem o índice subiram também.
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— Os 93% restantes do índice saíram de uma variação de -0,01% em março para uma inflação de 0,52% em abril. Sendo assim, a soja respondeu por 61% do IPA de abril. Mas a influência relativa dela diminuiu.
Quadros ressalta que contribuíram mais para a alta em abril os aumentos da carne, dos produtos químicos, metais, minério de ferro, celulose e medicamentos.
— Vários desses itens vão ter algum grau de transmissão para o IGP.
