A produção de máquinas agrícolas e rodoviárias somou 4,1 mil unidades em março, com alta de 14,9% sobre fevereiro e retração de 7,7% na comparação com igual período de 2019, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira, 6, pela Associação Nacional de dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Já no acumulado do ano, nos meses de janeiro a março, a produção chega a 10,2 mil unidades, com baixa de 5,7% ano a ano.
As exportações totalizaram 980 unidades em março, com alta de 18,9% sobre fevereiro, onde o volume atingiu 824 unidades, e queda de 11,9% sobre o mesmo mês de 2019, com 1,112 mil unidades. No acumulado do ano, as exportações somaram 2.347 unidades, com queda de 12,6% sobre o mesmo período do ano anterior, onde volume foi de 2.684 unidades.
As vendas internas em março somaram 4,1 mil unidades, subindo 46% na comparação com fevereiro, com 2,8 mil unidades e 10,3% sobre o mesmo mês do ano passado, 3,8 mil unidades. No acumulado do ano, as vendas somaram 9,5 mil unidades, com ganho de 2% ano a ano
As fabricantes de máquinas agrícolas garantem ter estoque para atender os produtores rurais, atividade considerada essencial, com ou sem pandemia. Outra atividade que permanece a pleno vapor é a de assistência técnica e distribuição de peças para as máquinas, e também para caminhões, de forma que a produção rural e o transporte não sejam prejudicados neste momento tão delicado do país.
Coronavírus
De acordo com associação, com forte contaminação da crise da Covid-19 nas últimas duas semanas do mês, depois de duas semanas de forte atividade no mercado interno, que apontavam para um robusto crescimento, a paralisação gradativa do comércio e das fábricas na segunda quinzena resultou em queda de quase 90% nas atividades do setor.
“Tivemos dois momentos bem distintos em março. Até o começo da segunda quinzena, as vendas estavam em alta, com crescimento de 9% no acumulado do ano, em relação ao ano passado. Mas o avanço da pandemia em nosso país foi provocando a interrupção das atividades nas fábricas e nas concessionárias, fazendo com que fechássemos o mês com queda de 8% no acumulado do ano”, explicou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Segundo o dirigente, mais preocupante é verificar que as vendas despencaram quase 90% das primeiras semanas para as duas últimas, o que projeta um resultado altamente preocupante para abril.
“O momento é de priorizar a saúde da população, e todas as nossas associadas estão dando sua contribuição no combate ao coronavírus, seja reparando respiradores, seja produzindo e doando máscaras, ou mesmo cedendo suas frotas vários para as mais diversas finalidades. Mas também é hora de uma conscientização de todas as esferas do governo, bancos e sociedade para criar mecanismos que permitam à cadeia automotiva atravessar esse período de retração com a preservação das empresas e dos empregos”, alertou Moraes.