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Mesmo com falta de chuva, produtor de Unaí (MG) está otimista

Volume de chuvas em novembro está 30% menor que no mesmo período do ano passado, mas histórico da região registra boas produtividades em cenários parecidos

Marcelo Lara | Unaí (MG)

As chuvas irregulares estão fazendo muitos produtores replantarem a soja em Unaí, no Noroeste de Minas Gerais. Além do trabalho redobrado, os custos ficam maiores. Os agricultores da região plantaram pouco mais de 70% da área de 180 mil hectares, espalhada por sete municípios, um atraso de, pelo menos, 15 dias.

• Produtividade comprometida em Sorriso (MT)

Em novembro, a média histórica de chuva é de 200 mm, mas teve propriedade que recebeu apenas 60 mm, 30% menor. O diretor do Sindicato Rural de Unaí Irmo Casavechia está otimista, os dados que ele coletou na propriedade nos últimos 25 anos mostram que o atraso nas chuvas sempre resultou em boa safra.

– Nós já tivemos três anos que a chuva começou após o dia 15 de novembro e tivemos um ano que foi depois do dia 20 de novembro. O que nós constatamos neste levantamento é que depois que a chuva começa tardia assim, tende o veranico a não existir em janeiro ou é muito pequeno, o que não compromete tanto – explica.

Assim que voltaram as chuvas, os produtores foram a campo iniciar o plantio, mas entre a primeira e a segunda chuva, teve um período de seca que prejudicou a germinação. Por isso, muitos agricultores ficaram no prejuízo e tiveram que replantar.

– Deu uma chuva boa, nós plantamos e parou de choveu. Dois dias depois, secou a terra, não voltou a chover e a semente não germinou. Eu optei por replantar – afirma o produtor rural Francisco Souza Lima.

O produtor terminou nesta semana o plantio de 1400 hectares. Foi preciso replantar 90 hectares. O gasto a mais foi de R$ 500 por área plantada, gasto com semente, adubo e diesel. Em 14 anos de atividade, foi a primeira vez que Lima precisou plantar de novo. Ele sentiu a mudança do clima da região e resolveu não arriscar.

Para o diretor-técnico da Coagril, Marcos Pontalina, o maior prejuízo que o produtor pode ter com o atraso no plantio da soja é perder a janela ideal da segunda safra de milho.

– Em função deste atraso na chuva e de um replantio, a segunda safra fica com a janela atrasada, com prejuízo para o produtor. A safrinha hoje é uma incógnita – avalia.

Veja a reportagem:

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