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Mesmo com o fechamento de usinas, setor produtivo da cana em Alagoas tem expectativa positiva para a safr

Estado é o maior produtor do Nordeste e este ano a safra deve aumentar 7%As usinas de cana-de-açúcar de Alagoas estão no início da safra de açúcar, etanol e energia. Apesar do fechamento de unidades com a crise do setor, a expectativa é de safra maior que a do ano passado. Neste ano, o clima colaborou com boa quantidade de chuva nas. O Estado é o maior produtor do Nordeste e este ano a safra deve aumentar 7%, para 23,5 milhões de toneladas de cana.

– Foram feito os tratos culturais do canavial, da mesma forma que a gente vem fazendo. Como o tempo foi favorável, este ano a gente vai ter uma produtividade maior. Isto é o que também nos ajuda a enfrentar esta dificuldade. Mais cana, mais produto – explica o superintendente agrícola da Usina Santo Antônio, Marco Maranhão.

Mas nem todas as usinas conseguiram cuidar bem do canavial próprio, que corresponde a 70% dos 400 mil hectares plantados em Alagoas. Assim como a região Centro-Sul, o Nordeste também sente a crise.

– A gente está no fundo do poço. Temos a expectativa de que melhore daqui pra frente. Como a gente está iniciando num período ruim, mas vamos ter sete meses de moagem, esperamos que mais pra frente melhore. Como temos uma safra longa, vamos pegar um período de preços melhores, é a nossa esperança – diz Maranhão.

Para o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas (Sindaçúcar/AL), Pedro Robério de Melo Nogueira, o clima foi potencializado por um ambiente econômico completamente desfavorável para a atividade, com isso não restou aos empresários outro mecanismo senão o endividamento.

– E, ao procurar o endividamento, também não tiveram a resposta à altura da necessidade, nem se quer pelos bancos oficiais – afirma Nogueira.

O Grupo Toledo tem três usinas em Alagoas, uma em São Paulo e um endividamento de mais de R$ 150 milhões. Jorge Toledo Florêncio, diretor do grupo, aponta o baixo preço do açúcar e do etanol como responsável pelas dívidas acumuladas pelo setor sucroenergético, que levaram usinas alagoanas a fecharem as portas no último ano.

– Quando nós falamos que quatro usinas pararam e seis estão em recuperação judicial, isso significa 40% do parque de Alagoas. Então, esse percentual que é importante destacar. Me parece fundamental para colocar Alagoas num cenário, talvez pior do que o que está ocorrendo no Estado de São Paulo – reflete Toledo.

Pra superar a crise, a usina Santo Antônio, que fica perto da capital Maceió, resolveu produzir mais. A moagem está a todo vapor, com expectativa de processamento de 2,250 milhões toneladas de cana, cerca de 5% a mais que no ano passado.

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A biomassa se transforma em energia. Dentro da usina, há uma central energética. Por mês, são gerados mais de oito mil mega watts. Uma parte da energia toca a usina e mais da metade é vendida para as distribuidoras. Um bom negócio, porque cada mega watt é vendido por até R$ 700, mais da metade do valor no ano passado.

– O país apostou muito na energia das barragens, certo. As barragens do Sul estão secando. Na energia termoelétrica o óleo diesel é muito caro, uma conta altíssima para se pagar. Estão resistindo aonde, nas cogerações. E a usina está dando uma contribuição muito grande no país com relação à cogeração – destaca Antônio Alves de Figueiredo, superintendente industrial da Usina Santo Antônio.

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