O tempo chuvoso, que chegou a preocupar no início dos trabalhos, não causou maiores problemas. O produtor rural Jader de Bortoli plantou 1,7 mil hectares no município de Campo Verde e já encerrou a colheita. Ele conseguiu uma produção de 57 sacas por hectare.
— Dá para comemorar. Ficou um pouquinho mais alto que no ano passado — diz Bortoli.
Nem todas as lavouras de soja produziram conforme o esperado. A pequena estiagem na hora do plantio, a falta de luminosidade durante o desenvolvimento das plantas e o ataque de doenças como a ferrugem asiática, comprometeram o rendimento das plantações. O consultor agronômico Sávio José da Costa e Silva presta serviço para três fazendas na região de Campo Verde, que juntas somam seis mil hectares de soja. Silva afirma que a produtividade é menor do que a prevista e orienta os agricultores a como agir na próxima safra para tentar diminuir as perdas.
— Ano passado a região de Campo Verde colheu 56,57 sacas por hectare em média. Este ano deve fechar em 50 sacas. Fica um alerta para na próxima safra fazer um monitoramento maior da ferrugem e da entrada do fungo na lavoura — afirma.
Os números exatos da safra de soja em Mato Grosso só serão conhecidos quando os últimos talhões forem colhidos, mas, por enquanto, a estimativa é de que a produtividade das lavouras tenha ficado, em média, cerca de 3% abaixo da registrada na última safra. Isso equivale a aproximadamente 105 kg de soja a menos por hectare.