Em algumas regiões, a saca está sendo negociada a R$ 22,50, preço 125% superior ao praticado nesta mesma época do ano passado. Este desempenho, nos últimos três anos, costumava ser alcançado apenas no mês de julho. Para a Central de Comercialização de Grãos da Famato, o volume negociado pode chegar a 50%. Para o produtor, o momento é de garantir a rentabilidade, e para os compradores, de antecipação para evitar novas altas. Para o diretor da Centro-Grãos, João Birkhan, os bons preços estão colaborando para os produtores.
? Este ano houve menos troca e o produtor vendeu mais o milho que fica na mão dele. Os preços estão excelentes. Tem muita gente que já plantou milho e está fixando os preços para quando for colher. No ano passado, no entanto, as vendas do milho que estavam na mão do produtor atrasaram, e os preços só foram melhorar lá na frente _ contextualiza Birkhan.
Apesar dos negócios serem animadores, os produtores ainda não conseguiram concluir o plantio da safrinha. O cultivo tardio das lavouras de soja e o atraso da colheita por causa do excesso de chuvas refletem no ritmo da semeadura do milho, já que o cereal ocupará as áreas que abrigam as plantações de soja. Por isso o terreno cultivado até agora é menor do que o da mesma época do ano passado. Encontra-se semeada 72,5% da área, enquanto em 2010 o percentual do cultivo já estava em 96%. Mesmo com a preocupação provocada por este cenário, na avaliação dos especialistas ainda é cedo para falar em reflexos no mercado da commoditie.
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O Estado de Mato Grosso deve cultivar 1,8 milhão de hectares de milho safrinha, 7% a menos que em 2010. A expectativa da Conab é de que a produção chegue a 7, 3 milhões de toneladas.
