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Mesmo com preço do feijão valorizado, clima faz produtores migrarem para a soja

Área plantada com o grão na safra 2012/2013 será bastante reduzidaO clima seco e os preços competitivos da soja e do milho fizeram com que muitos produtores de São Paulo abandonassem o plantio de feijão e migrassem para as commodities, principalmente a soja.

É o caso do produtor rural Anibal Peçanha, que trocou a produção de feijão e destinou 70 hectares da propriedade de 30 alqueires, em Sarapui, no interior paulista, para o plantio da soja.

– O preço da soja atual e a facilidade dos tratos culturais contribuíram. A topografia do nosso terreno aqui não ajuda, então feijão tem que ser colhido na mão, e a mão de obra está muito difícil. Então a gente optou este ano por não plantar feijão – explica Peçanha.

De acordo com o produtor, a estiagem influenciou a safra. Quem continuou com o feijão precisou fazer o plantio mais tarde.

– A gente não conseguiu plantar na época. A gente não dispõe de irrigação, então quem tem conseguiu e está ganhando um bom dinheiro, mas a gente não tem – conta.
Mesmo com o preço do feijão valorizado, Peçanha afirma que o manejo menos trabalhoso da soja acaba valendo mais a pena.

– Atualmente o feijão está melhor, só que nas condições do clima, por exemplo, em um dia como hoje não dá pra colher. Já a soja sai em uma época em que você não tem tanto problema de chuva, é tudo máquina. Então por isso, a gente optou pela soja – explica o produtor rural.

O analista de mercado Marcelo Líders, da Correpar, afirma que a intenção de plantio de feijão para 2012/2013 será bastante reduzida.

– A previsão de 1,147 milhão de hectares na primeira safra é a menor da história. Por exemplo, na safra 2010/2011 foram 1,419 milhão de hectares – diz Líders.

Aliada a outros fatores, a grande responsável por esta redução de área, segundo o analista, é a soja.

– Há uma ligação direta ainda que o milho também seja responsável por esta diminuição de área. No caso do feijão preto, a área não diminui só por causa da soja. O Brasil vem importando da China e isso está desmotivando os produtores – explica o analista de mercado.

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