• Especialista questiona viabilidade de colher café depois da seca no interior de São Paulo
Na maior parte das propriedades desta região, a florada foi boa, mas os problemas com o desenvolvimento dos frutos, por causa da falta de água, provocaram o amadurecimento precoce. O resultado foi uma variação muito grande no tamanho dos grãos e, principalmente, redução do peso. A produtividade média caiu de 40 para 28 sacas por hectare. Mesmo que regime de chuvas se normalize, não há como recuperar o que foi perdido.
O cafeicultor João Pedro Moura estima cerca de 30% de perda, mas vai ter certeza somente na hora de beneficiar o grão. Na última safra, Moura chegou a vender a saca de 60 quilos por R$ 220,00. Agora, ele já vendeu até a R$ 380,00. Mas, mesmo com o preço maior, os produtores não devem recuperar os prejuízos provocados pelo clima.
Para o produtor Armando Matielli, as consequências da falta de água comprometem inclusive a safra do próximo ano. Em suas propriedades, no norte de São Paulo e no sul de Minas Gerais, as plantas mais novas não se desenvolveram. Ele prevê perdas de 40%.