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Mesmo com quebra, Conab ainda prevê grande safra de soja

Para entidade, o Paraná não terá redução na produção quando comparada ao ano passado. Já o Mato Grosso do Sul será responsável pela redução de produção no Centro-Oeste

O novo levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), surpreendeu ao mostrar que a estimativa para a soja é de colher 118,8 milhões de toneladas, ou seja, quebra de apenas 0,4% ante a temporada anterior, quando se colheu 119,2 milhões de toneladas. Em contato com a entidade a mesma informou que considerou as perdas de produtividade, mas que o potencial inicial era ainda maior, por isso a queda ante 2018 não se mostrou tão acentuada.

Segundo o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Cleverton Santana, a entidade entende que as perdas aconteceram em parte das lavouras plantadas cedo, ou seja, a partir de setembro e com variedades precoces. “Temos que avaliar que mais de 80% das lavouras do Paraná, estado que todos esperavam mais problemas por conta do clima, estão em boas ou normais condições. As chuvas que vieram depois ajudaram a recuperar as plantas. Mato Grosso do Sul terá perdas maiores, na nossa avaliação”, diz Santana.

SUL

Segundo o novo levantamento da entidade é esperado um incremento na área plantada de 0,5% em relação ao observado no exercício anterior. Com isso, a produção na região deve crescer 4,1%, puxado pelo incremento de 9% do Rio Grande do Sul.

Paraná

No Paraná, por exemplo, em comparação com à safra passada, a área é praticamente a mesma. A produtividade média estimada, até o momento, é de 3.516 kg/ha (58,6 sacas por hectare), muito próxima ao da safra anterior, que foi de 3.508 kg/ha (58,4 sacas).

“Nossas perspectivas iniciais era de que o estado conseguiria uma produtividade próxima a 3.600 kg/ha (60 sacas), mas as estiagens afetaram as lavouras semeadas mais cedo”, diz Santana. “Acredito que para algumas lavouras os danos serão irreversíveis, principalmente no oeste do estado.”

A produção no estado deve ser praticamente igual a do ano passado, ou seja, na casa de 19,17 milhões de toneladas.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, especialmente na região serrana, as últimas lavouras semeadas ocorreram em meados de dezembro, após a colheita das culturas de inverno. As fases de desenvolvimento se encontram desde germinação, com aproximadamente 1%, desenvolvimento vegetativo (63%), floração (29%) à formação de grãos (7%), essas lavouras concentradas na região oeste.

Por lá a produção deve ser de 2,32 milhões de toneladas, 0,9% ante a temporada anterior, mesmo com uma área 2% menor.

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, a semeadura se encontra praticamente encerrada, alcançando 98% do total previsto para esta safra. O estádio de desenvolvimento predominante é o vegetativo, 98,8% do total, seguido de floração em 1% e germinação em 0,2% das áreas. A área cultivada foi 1,5% maior que no ano anterior, 5,7 milhões de hectares. A produtividade neste levantamento também foi mantida idêntica ao levantamento anterior, apesar dos problemas no estabelecimento de parte das lavouras, já que a cultura está no início do ciclo, ficando em 3.235 kg/ha (53,9 sacas), 7,4% acima da safra anterior.

Com isso a produção esperada deve chegar a 18,6 milhões de toneladas, 9% a mais que as 17,1 milhões de toneladas da safra anterior.

SUDESTE

A safra do Sudeste deve ficar parecida com a do ano anterior. A área deve ser 3,5% maior, com produção estimada 3% maior.

São Paulo

Em São Paulo, as maiores áreas de grãos estão concentradas nas regiões oeste e sudoeste do estado, onde a cultura da cana-de-açúcar não tem encontrado condições propícias para o seu desenvolvimento. A soja cresce no estado, principalmente em cima de áreas de milho e, em alguns municípios, com é o caso de Itapeva, também ocupou áreas que até então eram destinadas ao plantio de feijão, motivados pelas favoráveis condições de mercado.

A área no estado será 6,7% maior, chegando a 1 milhão de hectares. Com isso a produção pode chegar a 3,65 milhões de toneladas, ou seja, 7,3% maior que as 3,40 milhões de toneladas.

CENTRO-OESTE

Na principal região produtora do país, o incremento na área plantada atingiu 2,6% em relação ao exercício anterior, ultrapassando os 16 milhões de hectares semeados. Mas o clima deve mesmo afetar a produção, que deve encolher 2,3%, puxado por forte quebra em Mato Grosso do Sul.

Mato Grosso

Segundo a Conab, neste momento, as atenções se voltam para o desenvolvimento da lavoura, cuja avaliação de qualidade é excelente. As boas condições climáticas (inferiores as do ano passado) renderam boa produtividade. Assim, estima-se rendimento estadual de 3.320 kg/ha (55,3 sacas), número 2,2% menor que na safra passada, quando foi registrado produtividade recorde de 3.394 kg/ha (56,5 sacas), devido às excelentes condições climáticas da época. Em relação à área plantada, houve incremento de 1,8%, chegando a 9,6 milhões de hectares.

Se confirmada esta produtividade, o estado terá a primeira redução de safra dos últimos 3 anos, com produção de 32,1 milhões de toneladas, 0,4% menor que 2017/2018.

Mato Grosso do Sul

De fato a quebra esperada na safra do estado é maior que a prevista no Paraná e puxa os números do Centro-Oeste para baixo também.

Apesar de Mato Grosso do Sul ampliar a área plantada em 5,4%, chegando a 2,82 milhões de hectares, os problemas climáticos devem mesmo gerar uma forte quebra de produção de 6%. Em dezembro, houve precipitações muito irregulares por lá. “Há casos de lavouras com mais de 25 dias sem chuva, sem falar nas temperaturas bastante elevadas enfrentadas no estado”, conta Santana.

Segundo a Conab, o agravamento climático poderá provocar quebra na produtividade, estimada em 3.200 kg/ha (53,3 sacas), ante aos 3.593 kg/ha (59,8 sacas) da safra anterior. “Com o estresse hídrico e as temperaturas elevadas, muitas áreas se encontram com o amarelamento precoce das folhas e em ponto de murcha permanente”, afirma a entidade.

Agora a previsão é de uma produção 6,1% menor chegando a 9 milhões de toneladas, contra 9,6 milhões da temporada anterior.

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