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Mesmo com seca, produção do Rio Grande do Sul deve cair apenas 1%

Segundo a Emater, a falta de chuvas não é generalizada e por isso o impacto é pontual

Fonte: Vanoli Fronza/Embrapa

As perdas provocadas pela estiagem no Rio Grande do Sul, em especial nas regiões de Bagé, Pelotas e Porto Alegre, são estimadas em 0,7% da produção total esperada no início da safra verão 2017/2018, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). A projeção inicial é de que a colheita de arroz, feijão, milho e soja deve atingir 30,1 milhões de toneladas. “Em relação à safra anterior (33,6 milhões de toneladas), estima-se, até o momento, uma redução de 10,3% (30,1 milhões de toneladas).”

Segundo o diretor técnico da Emater-RS, Lino Moura, a falta de chuvas não é generalizada e por isso o impacto é pontual. “A área cultivada com soja nas regiões atingidas pela estiagem, Campanha e Zona Sul, representa 18% do total cultivado no estado. E a cultura de milho, menos ainda, apenas 13%. Na metade norte, a safra segue dentro da normalidade com expectativa de aumento na produção”, disse em nota distribuída pela Emater.  

Conforme os dados divulgados no início da noite desta quinta, a região de Pelotas foi a mais prejudicada pela estiagem. Lá a produção de milho deve cair 41,8%, para 110 mil toneladas, ante as 190 mil toneladas esperadas anteriormente. A região também deve colher 18% menos soja. Já regiões de Frederico Westphalen (+17,5%); Santa Rosa (+15,2%) e Erechim (+12,8%) vão produzir mais soja. “Esses dados não são conclusivos, pois ainda dependemos das chuvas”, diz Moura.

Segundo a projeção divulgada nesta quinta, o Rio Grande do Sul deve colher 8,2 milhões de toneladas de arroz, queda de 3,4% ante as 8,5 milhões de toneladas previstas inicialmente. A produção de milho deve crescer 2,2%, para 4,6 milhões de toneladas, e a de soja, 2,3%, atingindo 17,1 milhões de toneladas. Já a safra de  feijão foi estimada em 60,7 mil toneladas, alta de 14,4% ante as 69,2 mil toneladas apontadas no início da temporada 2017/2018.

Norte do estado

A empresa diz que chuvas nas últimas semanas melhoraram as condições de umidade do solo na Metade Norte para absorção da adubação de cobertura, “proporcionando bom desenvolvimento do milho em lavouras semeadas pós-colheita do fumo”. “O cenário é semelhante nas áreas de produção de leite, onde foi implantada uma segunda safra de milho para silagem, nas quais também está sendo realizada a cobertura com nitrogênio.”

No caso do arroz, a Emater diz que as lavouras começam a entrar em fase de maturação. Hoje 1% da área do cereal está colhida. “O percentual colhido poderia ser maior não fosse o atraso, devido a eventos climáticos, à época da semeadura.”

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