Segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a previsão de queda em relação ao ano passado é de 13,5%. Ainda assim, o número é alto: 7,8 milhões de toneladas em 1,04 milhão de hectares plantados. A cultura é 100% irrigada no Estado.
O valor de mercado também é comemorado. Enquanto em 2011 a saca era vendida por R$ 19,15, em 2012 saltou para R$ 26,60, em média.
A Planície Costeira Externa é a região que está mais adiantada, tendo colhido 99,44% do cereal, seguida pela Fronteira Oeste, com 97,66%, e pela Planície Costeira Interna, com 96,01%. O Estado planta 65% do arroz do país.
– A seca não alterou muito o nosso quadro, já que o arroz precisa de luminosidade e calor. A água armazenada pelos produtores já foi suficiente para garantir uma boa colheita – diz o presidente do Irga, Claudio Brayer Pereira.
O órgão deverá elaborar, ainda nesta semana, relatório apresentando o quanto esta safra trará de resultado financeiro para o Estado.
Conforme o presidente da Federação da Agricultura no Estado (Farsul), Carlos Sperotto, a entidade deve divulgar um quadro preocupante das previsões de colheita para o ano das principais culturas gaúchas. As situações mais graves são do milho e da soja.
Milho deve ter tido maior percentual de quebra
O milho deverá ter a maior perda da lavoura, com estimativa de quebra de 54%. Dos 5,9 milhões de toneladas previstos, 2,7 milhões deverão ser colhidos. Na soja, o déficit é de 45%: das 11,3 milhões de toneladas projetadas, a colheita será de 6,2 milhões. No fumo, a quebra é de 17%.
– Avaliamos todos os fatores e chegamos a esses números. Eles são alarmantes – conta Sperotto.
O tamanho do prejuízo também está sendo estudado. A meta é apresentá-lo no máximo na próxima semana.