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Meteorologia afasta risco de geadas em cafezais brasileiros nos próximos 15 dias

Chuva dos últimos dias deixou umidade do solo alta, característica que é desfavorável à ocorrência de geadaA possibilidade de ocorrência de geadas nos cafezais brasileiros está afastada, pelo menos nos próximos 15 dias, de acordo com o meteorologista Celso Oliveira, da Somar.

Ele afirma que, além da ausência de frio extremo, outras condições dificultam a ocorrência do fenômeno, como as correntes de jato, que são ventos fortes em elevada altitude.

? Como choveu muito nos últimos dias, a umidade do solo está alta, criando um microclima que também é desfavorável para as geadas ? disse Oliveira.

Um modelo de simulação do clima prevê uma nova onda de frio por volta do dia 22 de junho. A temperatura mínima pode bater cerca de 3ºC, mas ficará restrita ao Paraná, sem alcançar as áreas cafeeiras do Sudeste.

O meteorologista ressalta, porém, que outros modelos não confirmam essa onda de frio, indicando que na ocasião as temperaturas mínimas devem girar entre 9ºC e 10ºC. Oliveira observa que uma frente fria se desloca para o norte do país entre esta sexta, dia 10, e sábado, dia 11, levando chuvas, mesmo que fracas, para as áreas com café do Espírito Santo, zona da mata mineira e sul da Bahia.

Na sequência, outra frente fria deve chegar ao Sudeste entre a próxima terça e quarta, mas pela região costeira, devendo provocar chuva apenas em cafezais do Espírito Santo. Nas outras áreas produtoras o tempo deve voltar a ficar ensolarado, principalmente a partir desse sábado.

As chuvas dos últimos dias são consideradas atípicas. Em Maringá (PR), por exemplo, nessa quinta, dia 9, choveu quase todo o volume esperado para o mês de junho: foram 67 milímetros (mm) para uma média mensal de 76 mm. O problema para a cafeicultura é que a chuva paralisa a atividade de colheita. O vento também foi muito forte e a umidade atrapalha a secagem dos grãos.

O meteorologista pondera, no entanto, que a volta do tempo firme pode compensar possíveis transtornos aos cafeicultores. Por enquanto, segundo Oliveira, o clima este ano não guarda semelhança com 2009, quando chuvas frequentes na época de colheita prejudicaram a qualidade dos grãos.

Este ano também está diferente do ano passado, quando as chuvas de verão se atrasaram e comprometeram o desenvolvimento dos frutos. Uma possível estiagem entre setembro e outubro deste ano não deve ser tão ruim, pois o solo acumula excedente de umidade das chuvas dos últimos dias.

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