Calderón revelou que a produção mexicana de petróleo vem diminuindo de forma acentuada, tendo sofrido uma redução nos últimos anos de 600 mil barris por dia, de uma produção total de 3 milhões de barris.
? Há 10 anos, a produção da Petrobras era de 800 mil barris por dia e a da Pemex, 2 milhões. Agora, a Petrobras este ano vai ter uma produção muito similar à do México, de 2 milhões a 2,5 milhões de barris diários. A produção da Petrobras cresceu e a do México diminuiu em 600 mil barris nos últimos três anos. Isso tem provocado um golpe muito importante nas finanças públicas”, afirmou o presidente mexicano.
Usando óculos especiais e acompanhado do presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, Felipe Calderón assistiu a um vídeo sobre a exploração de petróleo na camada pré-sal. Ele elogiou a capacidade tecnológica da estatal brasileira e lembrou que a empresa é recordista na extração em águas profundas. Segundo o presidente do México, enquanto a estatal Pemex só consegue extrair petróleo a até três mil pés, a Petrobras consegue extrair petróleo a dez mil pés de profundidade, em um poço justamente situado no Golfo do México.
Como forma de revitalizar a produção em seu país, o presidente mexicano sugeriu a intensificação de acordos tecnológicos entre as duas empresas.
? É interesse do governo mexicano fortalecer os mecanismos de cooperação científica, tecnológica, acadêmica e operacional entre Petrobras e Pemex. Que os governos mexicano e brasileiro encontrem caminhos de aliança e cooperação. Pemex pode aproveitar a enorme experiência da Petrobras para expandir novamente sua fronteira produtiva ? disse.
Calderon destacou a importância do petróleo para a economia dos dois países. Segundo ele, no México, 40% da arrecadação vem do petróleo.
? Está muito claro que a capacidade econômica e de desenvolvimento do Brasil, e especialmente do México, está muito vinculada ao petróleo. Principalmente em nosso país, onde praticamente 40% da arrecadação pública depende do petróleo ? revelou.