? Embora a Secex [Secretaria de Comércio Exterior] não faça previsão de superávit na balança comercial, eu vou fazer: teremos entre US$ 15 e 16 bilhões, o que é excelente em relação ao que fizemos num ano imediatamente posterior à grande crise ? disse nesta quarta, dia 27, em São Paulo.
Segundo Miguel Jorge, o problema da desvalorização do dólar é uma questão importante e vai exigir avanços em todo o mundo. Para ele, a indústria brasileira tem se mostrado competente para enfrentar essa dificuldade que atinge principalmente as exportações, mas, também, tem se beneficiado com as importações.
? Temos que considerar também que a indústria brasileira tem se beneficiado muito das importações porque são, em cerca de 80% delas, importações de insumos e de máquinas e equipamentos que ajudam não só a competitividade como também a produtividade e a modernização do todo ? afirmou.
De acordo com o ministro, a reclamação da indústria automobilística sobre a desvalorização cambial é sem sentido.
? A indústria automobilística está reclamando, mas eu não sei porque, já que 68% das importações são feitas pela indústria automobilística. Se ela parar de importar, teremos uma redução de 68% na importação de carro no Brasil ? disse.
Durante seu discurso, o ministro destacou que um dos principais desafios para o setor automobilístico nacional será o de reduzir a emissão de gases de efeito estufa e melhorar a queima de combustíveis.
? Nos próximos anos, um grande desafio da indústria será desenvolver melhores sistemas de propulsão ? afirmou.
Miguel Jorge participou nesta quarta da cerimônia de abertura do Salão do Automóvel, que ocorre até o dia 7 de novembro no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. No salão, estão expostos 42 diferentes marcas de veículos nacionais e importados.