- Boi: arroba tem estabilidade no físico e melhora no futuro
- Milho: preços seguem avançando no Brasil e no exterior
- Soja: cotações têm forte alta em Chicago
- Café: arábica tem recuperação em Nova York
- No exterior: temor com inflação penaliza mercados
- No Brasil: ata do Copom reafirma alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião
Agenda:
- Brasil: atualização da estimativa para a safra brasileira 2020/21 (Conab)
- Brasil: levantamento sistemático da produção agrícola de abril (IBGE)
- EUA: relatório de maio de oferta e demanda mundial (USDA)
Boi: arroba tem estabilidade no físico e melhora no futuro
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a arroba do boi gordo em São Paulo ficou estável em R$ 304/R$ 305, e em Dourados (MS), ficou também inalterada, a R$ 290. Segundo o analista Fernando Iglesias, o volume ofertado pelos pecuaristas segue positivo, o que resulta em uma escala de abates confortável em grande parte das regiões produtoras.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo têm apresentado ligeira melhora dos preços nos últimos pregões. Isso pode sinalizar uma interrupção das quedas no mercado físico para os próximos dias. O vencimento para maio passou de R$ 306,50 para R$ 307,85 e o para outubro foi de R$ 330,25 para R$ 332,00 por arroba.
Milho: preços seguem avançando no Brasil e no exterior
O mercado brasileiro de milho manteve o movimento de alta impactado pelo avanço dos preços no exterior e pela oferta restrita no Brasil. De acordo com o levantamento diário da consultoria Safras & Mercado, em Cascavel (PR) e em Campinas (SP)., a saca ficou cotada em R$ 105/109, e em Erechim (RS), ficou em R$ 101/103.
Em Chicago, o dia foi marcado por mais uma alta significativa das cotações dos contratos futuros de milho. A forte demanda pelo cereal norte-americano segue impactando positivamente o mercado. O vencimento para julho subiu 1,49% e passou de US$ 7,116 para US$ 7,222 por bushel. Hoje, os investidores monitoram o relatório de oferta e demanda do USDA.
Soja: cotações têm forte alta em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados em Chicago tiveram um dia de forte alta na véspera da divulgação do relatório de maio de oferta e demanda do USDA. A aposta em um cenário de estoques apertados e demanda firme levou as cotações para as máximas desde setembro de 2012. O vencimento para julho subiu 1,71% e ficou em US$ 16,146 por bushel.
O indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) acompanhou Chicago e, mesmo com a ligeira queda do dólar, teve alta. A cotação variou 1,16% em relação ao dia anterior e passou de R$ 177,23 para R$ 179,28 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 16,49% e em 12 meses, os preços alcançaram 58,88% de alta.
Café: arábica tem recuperação em Nova York
Após um movimento de realização de lucros nos dois últimos pregões, os contratos futuros do café arábica tiveram recuperação parcial em Nova York. O vencimento para julho subiu 1,38% e passou de US$ 1,4805 e US$ 1,501, sendo que que a alta ocorreu na esteira de fortes valorizações em outras commodities.
No Brasil, o indicador do café arábica do Cepea acompanhou o exterior e teve um dia de alta dos preços. A cotação variou 0,88% em relação ao dia anterior e passou de R$ 805,98 para R$ 813,09 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 34,02%. Em 12 meses, os preços alcançaram 37,42% de alta.
No exterior: temor com inflação penaliza mercados
Com a aceleração da recuperação econômica nos Estados Unidos e a alta dos preços das commodities agrícolas e metálicas, os investidores discutem cada vez mais a possibilidade de elevação da inflação global. Um eventual aumento da inflação, sobretudo nos EUA e na União Europeia, pode gerar diminuição dos estímulos monetários e fiscais.
A expectativa de redução dos estímulos penaliza bastante os papéis de empresas de tecnologia e geram baixas nas bolsas europeias e norte-americanas. A principal discussão é se o Banco Central dos Estados Unidos conseguirá manter o discurso de que só elevará os juros caso o mercado de trabalho dê sinais mais robustos de recuperação.
No Brasil: ata do Copom reafirma alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião
A ata do Copom reafirmou o plano do Banco Central de aumentar a taxa Selic em 0,75 ponto percentual na próxima reunião de política monetária nos dias 15 e 16 de junho. “O Copom reafirmou que essa visão para as próximas reuniões pode ser alterada caso haja mudança nas projeções de inflação ou no balanço de riscos, uma vez que a decisão continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, e das projeções e expectativas de inflação”.
Dentro do esperado, o IPCA desacelerou de 0,93% em março para 0,31% em abril. Porém, no acumulado em 12 meses, o indicador da inflação subiu para 6,76% e segue acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central para o ano. Dos nove grupos de bens e serviços pesquisadas, oito tiveram variação positiva em abril, sendo a divisão de transportes a única a apresentar inflação negativa.