O Brasil importou em outubro 494,9 mil toneladas de milho, mais de dez vezes o volume de 46,4 mil toneladas importadas em igual mês de 2015. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). No acumulado do ano até outubro foram desembarcadas 1,913 milhão de toneladas de milho, 606% acima do apurado nos dez meses de 2015.
O incremento verificado nos últimos meses se deve à oferta restrita do grão no mercado interno, ainda decorrente de quebras registradas em diversas regiões produtoras, e aos preços altos do cereal.
Considerando apenas as importações realizadas em outubro, mais uma vez o Paraguai foi o maior fornecedor do grão para empresas brasileiras, com 262,3 mil toneladas. A Argentina enviou 232,6 mil toneladas de milho para o Brasil no mês passado.
O porto seco de Foz do Iguaçu (PR) se manteve como principal porta de entrada do grão, assim como nos dois últimos meses, com 156,43 mil toneladas, seguido do Porto de Imbituba (SC), com 127,9 mil t, Porto de Fortaleza (CE), com 60,1 mil t, município de Santa Helena (PR), (59,6 mil t), Porto de Recife (PE), (44,36 mil t), município de Guaira (PR), (40 mil t), de Porto Xavier (RS) (4,05 mil t) e de Mundo Novo (MS), (2,50 mil t).
O Paraguai também lidera as exportações de milho para o Brasil quando se avalia o período de janeiro a outubro de 2016, com 1,023 milhão de toneladas. É seguido pela Argentina, que enviou 890,2 mil toneladas do grão para o País nos dez meses decorridos. Os Estados Unidos exportaram somente 19,5 toneladas do cereal neste ano para o Brasil, em janeiro.
Nos primeiros dez meses de 2015 o Paraguai também liderou as exportações de milho para o Brasil. O volume do cereal paraguaio naquele intervalo chegou a 268,7 mil toneladas, bem superior ao enviado pela Argentina ao País, de 1,8 mil toneladas. Naquele período, os Estados Unidos exportaram 238,5 toneladas para o Brasil.
O valor médio pago pelos brasileiros pela tonelada de milho estrangeiro recuou levemente em outubro em comparação a setembro. No mês passado, ficou em US$ 170,94 por tonelada, ante média de US$ 171,04 por tonelada em setembro. O valor médio vinha aumentando desde agosto, quando ficou em US$ 162,50 por tonelada.