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Milho brasileiro está mais competitivo que norte-americano

Alta do dólar favorece exportações do grão produzido no país; cotação também está em alta sob influência de clima nos Estados Unidos

As cotações do milho estão em alta, fato inusitado para esse período. Afinal, estamos em plena época de segunda safra no Brasil. O motivo para essa valorização é o clima nas lavouras americanas. O excesso de chuva em junho no cinturão agrícola dos Estados Unidos preocupa o mercado

Segundo o analista Victor Carvalho, o clima desfavorável prejudicou a lavoura norte-americana e fez os preços dos grãos subirem.

– O mercado estava precificando uma enorme produção de milho nos Estados Unidos, uma excelente produção no Brasil e na Argentina, agora essas chuvas, que devem reduzir um pouco a perspectiva de produção nos Estados Unidos, impactaram no preço diretamente e o mercado reagiu – aponta Carvalho.

A informação que os estoques de milho nos Estados Unidos estão abaixo do esperado fez o preço reagir na Bolsa de Chicago. A demanda aquecida, aliada à possível redução da oferta por causa de problemas climáticos, deixa as cotações em alta, o que é bom para o Brasil. O aumento do preço lá, reflete no valor da saca aqui. Para o analista de mercado, o momento é bom para comercialização do produto.

– Os preços no mercado interno também reagiram, principalmente nas praças mais perto do porto. Paraná e Rio Grande do Sul tiveram quase 10% de alta nas últimas duas, três semanas – diz Carvalho.

O cenário é atípico para o período, já que a oferta aumenta com a entrada do milho da segunda safra brasileira. De acordo com estimativas, a safrinha deve bater recorde e ultrapassar 52 milhões de toneladas.

– Esse milho ainda está sendo colhido, a colheita não chegou à metade. Com uma expectativa de uma grande entrada de produto no mercado, os preços tendem a ficar mais pressionados, mas por outro lado, a gente tem visto que o dólar mais forte está ajudando a contrabalancear esse cenário de preços mais baixos – demonstra a analista Ana Luiza Lodi.

O aumento dos estoques do grão no Brasil também limita a alta dos preços. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que o estoque nacional chegue a 15,8 milhões de toneladas no fim da safrinha. A Conab prevê também que a exportação seja de 21 milhões de toneladas, mas o número pode ser maior por causa da alta do dólar. O milho brasileiro pode ficar mais competitivo que o norte-americano, já que o frete, pago em real, fica mais barato.

– Como o dólar está mais alto e já vem mais alto desde o ano passado, e a expectativa é de manutenção, o cenário é favorável pra competitividade do milho brasileiro. A gente vê que quanto mais alto o preço do dólar em relação ao real, mais competitivo fica exportar milho do Brasil para o Japão do que milho dos Estados Unidos para o Japão – destaca Ana Luiza.

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