- Boi: indicador do Cepea chega ao menor patamar em dois meses
- Milho: preços caem quase 10% em dois dias em Chicago
- Soja: Chicago tem estabilidade após forte recuo
- Café: arábica fica estável no Brasil apesar de nova queda em Nova York
- No exterior: mercado tenta retomar otimismo após apreensão com inflação
- No Brasil: bolsa se recupera e fecha semana praticamente estável
Agenda:
- Brasil: relatório Focus (Banco Central)
- Brasil: balança comercial das duas primeiras semanas de maio
- EUA: inspeções de exportações semanais (USDA)
Boi: indicador do Cepea chega ao menor patamar em 2 meses
O indicador do boi gordo do Cepea teve um dia de baixa dos preços e chegou ao menor patamar desde o dia 9 de março. A cotação variou -1,56% em relação ao dia anterior e passou de R$ 311,85 para R$ 307 por arroba. Apesar disso, o mercado dá sinais de que a desvalorização em virtude da safra pode estar chegando ao fim.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram alta nas pontas mais curtas e estabilidade nas mais longas. O vencimento para maio passou de R$ 308,95 para R$ 311,70, o para junho foi de R$ 313,20 para R$ 315,90, e o para outubro ficou em R$ 332,40 por arroba.
Milho: preços caem quase 10% em dois dias em Chicago
Com problemas logísticos e sinais de estoques maiores que o projetado nos Estados Unidos, as cotações em Chicago recuaram 9,94% em dois dias, entre quinta e sexta-feira. O vencimento para julho recuou 4,6% na passagem diária e passou de US$ 6,746 para US$ 6,436 por bushel. Apesar disso, a demanda pelo cereal norte-americano segue firme e novas vendas para a China foram anunciadas para a temporada 2021/22.
No Brasil, o indicador do milho do Cepea teve um dia de baixa dos preços. A cotação variou -0,44% em relação ao dia anterior e passou de R$ 101,79 para R$ 101,34 por saca. Assim sendo, no acumulado do ano, o indicador valorizou 28,85% e em 12 meses, os preços alcançaram 100,24% de alta.
Soja: Chicago tem estabilidade após forte recuo
Após o forte recuo da última quinta-feira, 13, com notícias de problemas logísticos nos Estados Unidos, as cotações da soja em Chicago ficaram praticamente estáveis e apresentaram uma pequena alta. O vencimento para julho subiu 0,14% e passou de US$ 15,84 para US$ 15,862 por bushel. Ainda assim, na comparação semanal houve queda de 0,22%.
No Brasil, a consultoria Safras & Mercado apontou comercialização travada em virtude da volatilidade em Chicago e da queda do dólar em relação ao real. Em Passo Fundo (RS) e no porto de Paranaguá (PR), a saca ficou inalterada em R$ 175.
Café: arábica fica estável no Brasil apesar de nova queda em Nova York
O mercado físico brasileiro de café arábica registrou preços estáveis, de acordo com a consultoria Safras & Mercado, apesar de nova queda em Nova York, além do recuo do dólar em relação ao real. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou em R$ 785/795 e no cerrado mineiro, o bebida dura ficou em R$ 800/810.
Em Nova York, as cotações recuaram pelo terceiro dia consecutivo e se afastaram do patamar de US$ 1,50 por libra-peso. Dessa maneira, o vencimento para julho recuou 5,17% na semana e passou de US$ 1,529 para US$ 1,45 por libra-peso neste período.
No exterior: mercado tenta retomar otimismo após apreensão com inflação
Os mercados globais encerraram a semana tentando retomar o otimismo dos últimos meses após a apreensão com a aceleração da inflação gerar perdas. O vice-presidente do Banco Central dos Estados Unidos (Fed), Richard Clarida, disse que o resultado ruim do mercado de trabalho em abril e o aumento da inflação além do projetado não alteram os planos do Fed para a política monetária.
As declarações e a decisão do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos de liberar uso de máscaras para pessoas completamente vacinadas animou os mercados. As empresas do setor aéreo e de turismo puxaram a recuperação das bolsas nos Estados Unidos e na União Europeia.
No Brasil: bolsa se recupera e fecha semana praticamente estável
O índice Ibovespa da bolsa brasileira se recuperou na última sexta-feira, 14, após forte queda durante o início da semana com apreensão em relação à inflação nos Estados Unidos. Com isso, fechou a semana praticamente estável, apenas uma leve queda de 0,13% e cotado a 121.880 pontos.
Enquanto isso, o dólar comercial avançou 0,8% no mesmo período e ficou cotado a R$ 5,271. A agenda econômica nos próximos cinco dias está bastante esvaziada em relação à divulgação de indicadores. Portanto, o cenário político e o mercado externo devem dominar as atenções dos investidores.