As exportações de milho do Brasil estão enfrentando uma significativa queda devido à uma safra menor este ano e aos conflitos no leste europeu, que afetam o mercado internacional do cereal.
Entre os meses de janeiro e abril, as exportações do grão registraram uma acentuada redução, enquanto as importações aumentaram, buscando atender à demanda interna e cumprir contratos de exportação.
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De acordo com dados apresentados por Giovani Ferreira, em 2023, o Brasil foi o maior exportador mundial de milho, com 55 milhões de toneladas. No entanto, em 2024, as exportações estão estimadas em torno de 20% menos do que no mesmo período do ano anterior.
A queda nas exportações é atribuída principalmente à safra menor de milho no Brasil, que deve diminuir de cerca de 131 milhões de toneladas para aproximadamente 110 milhões de toneladas, representando um recuo de cerca de 15% na oferta total.
Além disso, os conflitos no leste europeu, entre Rússia e Ucrânia, também contribuíram para a instabilidade nos preços do milho no mercado internacional. A Rússia, um importante produtor mundial de milho, viu sua produção diminuir em cerca de 30 milhões de toneladas após os conflitos, afetando os preços globais.
Diante desse cenário, as importações de milho no Brasil aumentaram, atingindo aproximadamente 270 mil toneladas nos primeiros meses de 2024, em comparação com as 200 mil toneladas do mesmo período do ano anterior.
A expectativa é de que a segunda safra de milho, que representa a maior parte da oferta brasileira, alcance cerca de 80 a 85 milhões de toneladas, compensando parcialmente a redução na produção da primeira safra.